Governo conseguiu adiar até 2033 “o cenário dos primeiros saldos negativos” da Segurança Social.
Em outubro de 2022, o Governo causou polémica ao anunciar um complemento aos pensionistas, o que se refletiu, meses depois, numa atualização abaixo do previsto pela fórmula. A medida também iria resultar, em 2024, numa pensão menor do que o suposto caso o aumento tivesse sido feito, de forma integral em 2023 — isto porque o complemento de outubro não foi integrado no valor da reforma.
Volvidos oito meses, o Governo avançou com a correção do valor base das pensões, evitando que os cenários descritos anteriormente se concretizassem. Desta forma, a partir de julho, todas as pensões terão um aumento extraordinário de 3,57%, com o novo valor a representar o ponto de partida para os aumentos do próximo ano.
De acordo com a António Costa, a medida entra em vigor a partir de julho, vai aplicar-se também às pensões de quem se reforçou em 2022 — numa alteração às regras que vigoram atualmente e que dizem que os aumentos em vigor a partir de janeiro não se aplicam às pensões atribuídas no ano anterior — e terá um custo de 500 milhões de euros.
Segundo as simulações feitas pelo jornal Público, uma pessoa com uma reforma de 500 euros em 2022 recebeu, em outubro do ano passado, um adiantamento de 250 euros e, em janeiro deste ano, um aumento de 4,83%, passando a receber mensalmente 522,15 euros. À luz do novo anúncio, entre julho e dezembro deste ano passará a receber 542,1 euros por mês.
Este valor será a base para o aumento de 2024, no qual o pensionista deverá receber uma reforma de 574,8 euros, isto num cenário de inflação de 5,1% e com a economia a crescer 1,8% em 2023. Caso o Governo não tivesse adotado a nova medida, o valor seria de 522,15 euros.
Confrontado pelos jornalistas com declarações suas de há alguns meses em que alegava a sustentabilidade da Segurança Social para não ir mais além, no entanto, António Costa destacou que sempre garantiu a reposição integral das pensões no próximo ano. “Não houve truque, não houve ilusão, não houve corte nas pensões”, destacou.
Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho e da Segurança Social, presente na conferência de imprensa ao lado de António Costa, fez questão de destacar a melhoria na receita e no saldo do sistema de previdência Segurança Social, a qual se deve ao aumento do número de trabalhadores ativos, ao valor dos salários, ao número de imigrantes, mas também à redução do número de trabalhadores desempregados.
A expectativa é mesmo de “um aumento do saldo previdencial durante a próxima década”, cita o Público. Desta forma, fica adiado para 2033 “o cenário dos primeiros saldos negativos” no sistema. A previsão já inclui tanto o aumento intercalar das pensões, “assim como a garantia da base da atualização para 2024″. “Conseguimos ganhar 17 anos para os primeiros saldos negativos face às projeções que existiam em 2015 e temos um ganho de três face às projeções de 2022.”
Através das múltiplas declarações de membros do Governo, nesta segunda-feira, foi também possível perceber que uma revisão da fórmula de atualização das pensões não deverá acontecer num futuro próximo. Tal como garantiu António Costa, “em 2024 não há nenhuma alteração da fórmula”.
“Aquilo que temos constatado, durante os anos em que tivemos uma inflação anormalmente baixa, e em que foi necessário haver aumento extraordinário, ou no ano passado, em que houve um pico absolutamente anormal de inflação, é que a fórmula não é adequada. Daí a haver uma alteração vai um passo maior que a perna. Está a ser estudado e depois se verá. Em 2024, não há nenhuma alteração da fórmula.”
“Embaralhou”??? Apesar de ser uma versão menor corriqueira, que eu saiba (e sei bastante) em língua Portuguêsa Correcta dir-se-ia apenas “Baralhou”…
Caro leitor,
Sem prejuízo de que o ZAP não é perfeito e comete erros ocasionais de português, permita-nos duvidar seriamente de que saiba o senhor bastante sobre a “língua Portuguêsa Correcta”.
Em português correto, não se usa múltipla pontuação, entende???
Em português correto, é “portuguesa”, não “portuguêsa”.
Em português correto, se optar por usar maiúsculas, seria “Língua Portuguesa correta”. Não conhecemos nenhum nome de pessoa, marca, entidade ou afins que se chame “Portuguesa Correta”. Havia uma marca de tabaco que se chamava Português Suave.
Em relação ao reparo que faz propriamente dito, saiba que “embaralhou” é “português correto”.
Na altura de escrever o título, foi discutido na redação se deveríamos usar o termo “embaralhou”, ou o mais comum “baralhou”.
Depois de consultar no Priberam, dicionário que, em caso de dúvida, consultamos, verificámos que “embaralhou” é Português pt_PT, sinónimo de “baralhou”:
Atendendo a que “baralhar” tem outros significados, optámos por usar “embaralhar” para clarificar que estávamos a referir-nos ao ato de “misturar as cartas do baralho”.
Acresce que a própria autora da notícia salientou que “quando vai à aldeia e joga às cartas com a avô, ela diz embaralhar” — detalhe que arrumou a dúvida que chegámos a ter sobre a adequação do uso do termo e conhecimento do seu significado pela população portuguesa de Portugal.
Quanto à segunda parte do seu comentário, optámos por omiti-lo, uma vez que nela recorre a insultos gratuitos ao nosso trabalho e a comentários xenófobos inaceitáveis — próprios de quem acha que sabe português mas não sabe estar.
Apoiado.
Para quem afirma saber muito da nossa língua acho que necessita de fazer uma reciclagem.
Diz o povo com razão: presunção e água benta cada qual toma a que quer…
Muitíssimo bem, ZAP! As pessoas têm de, uma vez por todas, aprender que não se deve corrigir ninguém se não tiverem total certeza do que estão a fazer. Caso contrário, fazem figura de urso como é o caso do Guava… que por acaso até é um bom nome para um urso… o Urso Guava!
Verdadeiros aldrabões estes senhores do Governo PS!
A base apoio dos reformados estava-lhes a fugir.
O inquérito à TAP está a correr mal ao Governo. Aliás, tudo lhes está a correr mal por causa própria.
E então há que desviar atenções.
Até há bem pouco tempo a sustentabilidade da segurança social não permitia os aumentos previstos na lei e ainda fizeram uns truques de engenharia financeira sobre o pagamento das pensões para enganar os pensionistas e os portugueses.
Agora, passados uns seis meses já é possível os aumentos previstos na lei.
Aldrabões!
Cuidado, olha que vem ai o “diabo”….. sabes lá vem o que é a vida de um reformado, a ganhar 500€ por mês?!…
Estás chateado, por este aumento?!…
Temos pena, faz queixa ao “diado” que roubou os reformados e não lhes deu um aumento durante os anos que esteve no governo.!
Menos política, e mais acções em defesa dos mais desfavorecidos!…
Este país está cheio de “diabos”…….