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IVA Zero entra em vigor (com alterações). A maioria duvida que os preços desçam mesmo

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Responsáveis do setor da distribuição e produção alertaram para a possibilidade de os preços poderem continuar a subir.

Amanhã, 18 de abril, entra em vigor a redução do IVA nos produtos que compõem o cabaz de bens alimentares essenciais. No entanto, a maioria dos portugueses considera que a medida não terá um impacto efetivo nas despesas mensais com alimentação. Esta foi a conclusão que saiu da sondagem feita pela Intercarmpus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV.

De acordo com o estudo de opinião, apenas 17,9% dos inquiridos considera que a medida levará a uma redução dos preços dos produtos incluídos inicialmente pelo Governo, mas também dos acrescentados pelos partidos na fase de discussão no Parlamento. Simultaneamente, 76% dos inquiridos “não acredita que os preços diminuam”.

Nos últimos dias, os responsáveis políticos têm-se desdobrado em declarações para ressalvar que há bens alimentares que não devem regressar aos valores a que não estavam a ser comerciados há um ano. Os alertas têm sido reforçados pelos setores da distribuição e da produção.

Nestes casos, os avisos foram no sentido de alertar para a possibilidade de os preços poderem continuar a subir devido à dinâmica de mercado.

Através da sondagem foi ainda possível concluir que uma parte significativa dos inquiridos (35%) considera que os supermercados e os hipermercados são os principais responsáveis pela subida dos preços, ao passo que 27,7% que atribuem as culpas ao Governo e 21,3% apontam a guerra na Ucrânia como a origem do problema.

O impacto da inflação é reconhecido por 76,7% dos inquiridos, que dizem ter cortado nas despesas mensais, nomeadamente em idas a restaurantes, roupa e viagens. Outro setor onde os cortes se sentiram foi “na comida e nos bens de primeira necessidade”, o que mostra o impacto da crise nas famílias mais pobres.

Os inquiridos revelaram ainda, na sua maioria, concordar com a fixação dos preços dos bens essenciais abrangidos pelo “IVA zero”.

Entre os produtos que vão ter o IVA reduzido, incluem-se frango, carne de porco,  bacalhau, massa, leite, arroz e batatas, mas também produtos sem glúten e bebidas vegetais — produtos que foram posteriormente adicionados.

Eis a lista completa:

  • Pão
  • Batata em estado natural, fresca ou refrigerada
  • Massas alimentícias e pastas secas similares, excluindo massas recheadas
  • Arroz (em película, branqueado, polido, glaciado, estufado, convertido em trincas)
  • Cebola
  • Tomate
  • Couve-flor
  • Alface
  • Brócolos
  • Cenoura
  • Curgete
  • Alho Francês
  • Abóbora
  • Grelos
  • Couve portuguesa
  • Espinafres
  • Nabo
  • Ervilhas
  • Maçã
  • Banana
  • Laranja
  • Pera
  • Melão
  • Feijão vermelho
  • Feijão frade
  • Grão-de-bico
  • Leite de vaca em natureza, esterilizado, pasteurizado, ultrapasteurizado, fermentado ou em pó
  • Iogurtes ou leites fermentados
  • Queijos
  • Porco
  • Frango
  • Peru
  • Vaca
  • Bacalhau
  • Sardinha
  • Pescada
  • Carapau
  • Dourada
  • Cavala
  • Atum em conserva
  • Ovos de galinha, frescos, secos ou conservados
  • Azeite
  • Óleos vegetais diretamente comestíveis e suas misturas (óleos alimentares)
  • Manteiga
  • Bebidas e iogurtes de base vegetal, sem leite e laticínios, produzidos à base de frutos secos, cereais ou preparados à base de cereais, frutas, legumes ou produtos hortícolas
  • Produtos dietéticos destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten para doentes celíacos

ZAP //

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