O exército argelino matou hoje o líder do grupo jihadista que assassinou o turista francês Hervé Gourdel, durante uma ação militar que ocorreu em Isser, uma planície agrícola da província argelina da Cabília.
A morte do líder jihadista, Abu Khaled Suleiman, mais conhecido por Gouri, ocorreu perto do local onde nasceu e se iniciou depois, em meados da década de 90, em grupos armados contra o regime argelino, noticiou hoje a agência noticiosa francesa AFP.
Gouri foi um ex-braço direito do líder da Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI), Abdelmalek Droukdel, tendo feito parte de uma brigada deste grupo que esteve envolvida em ataques suicidas contra o palácio do governo e contra edifício das Nações Unidas em Argel, em 2007.
Abu Khaled Suleiman esteve também por trás do ataque que matou 11 soldados em abril passado, em Iboudrarène, na mesma área foi onde ocorreu o sequestro de Hervé Gourdel.
Após a decapitação do turista e caminhante francês, a Justiça lançou processos contra cinco pessoas, todos cidadãos argelinos suspeitos de terem participado nesse crime.
De acordo com o ministro da Justiça da Argélia, Tayeb Louh, pelo menos dois desses cinco elementos foram mortos no mês passado.
O inquérito está a ser conduzido por um tribunal argelino especializado em casos de terrorismo e, paralelamente, uma investigação criminal foi aberta em Paris.
O corpo de Hervé Gourdel ainda não foi encontrado, embora o exército argelino tenha realizado buscas à área em redor do acampamento usado como abrigo pelo grupo armado islâmico.
/Lusa