Sempre sonhou ser piloto, mas agora tem outros voos reservados. Rui Miguel Nabeiro, neto de Rui Nabeiro, é o rosto da Delta Q e o responsável por gerir o império após a morte do seu avô.
O empresário Rui Nabeiro, fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés morreu este domingo aos 91 anos, vítima de doença, no Hospital da Luz, em Lisboa.
O empresário foi recordado como sendo um “precursor” e um homem “humilde”, que construiu uma “marca global”.
Agora, o império fica nas mão de Rui Miguel Nabeiro. Rui Nabeiro nomeou o neto para presidente executivo da Delta Cafés há cerca de um ano. Foi o impulsionador da Delta Q.
Na altura em que o fez, em 2006, foi contestado, havendo quem o acusasse de que iria destruir o império que o avô construíra.
Provou o contrário. Hoje, a marca de café encapsulado vale 25% dos cerca de 430 milhões de euros que o grupo fatura anualmente.
A sucessão está delineada nos planos da empresa. De acordo como o Expresso, há um protocolo familiar, assinado por Nabeiro, pelos dois filhos e pelos quatro netos, e um acordo parassocial que regula como pode haver vendas de participações.
Rui Miguel não se encostou ao nome da família e admite ter trabalhado o dobro ou o triplo para ser reconhecido. Tinha o sonho de ser piloto de aviões, mas o avô tinha outros planos. Como tal, começou a encarrilhar o neto para o império que tinha vindo a construir desde 1961.
Rui Miguel Nabeiro fez o ensino secundário nos Salesianos, conta o JN, além de tirar uma licenciatura em Gestão, a que viria a juntar uma pós-graduação em Marketing e outra em Recursos Humanos e um mestrado em Administração de Empresas.
A sua carreira profissional arranca em 2003, ano em que termina a licenciatura e ingressa num estágio na Coprocafé – Ibéria, na área de Trading e Controlo de Qualidade, com uma incursão ao Vietname, passando posteriormente por um estágio no Grupo Brasília, em Itália, e na Volcafe em Winterthur, Suíça.
O jovem voltou a Portugal com 22 anos, juntando-se à Direção de Marketing da Delta Cafés. Lançou vários projetos de marketing, incluindo o desenvolvimento do site da empresa e estratégia digital, antes de passar para uma posição de liderança em vendas na capital.
No ano passado, Rui Miguel foi eleito Presidente da Câmara do Comercio e Indústria Portuguesa.
Tudo gente trabalhadora, sem politiquices. Agora já há poucos destes neste Portugal definhado e triste.
Porque será que a CGTP não disse uma palavra sobre o agora falecido empresário? Será porque Nabeiro conseguis resolver quaisquer problemas laborais em diálogo com os seus trabalhadores, sem a intervenção da CGTP?…
Oportuna a pergunta de Nuno Cardoso da Silva.
os sindicatos são precisos !! porque á maus patrões maior exemplo o nosso governo