O Pentágono divulgou esta quinta-feira um vídeo do incidente entre um drone norte-americano e um caça russo que motivou um troca de galhardetes entre os dois países.
Um caça SU-27 da Força Aérea russa colidiu esta terça-feira com um drone dos Estados Unidos, num incidente sobre águas internacionais no Mar Negro, de acordo com as Forças Armadas norte-americanas.
Um de dois caças russos que voavam na área atingiu uma das hélices do drone norte-americano. Os EUA falaram de uma manobra “insegura e pouco profissional”, acusando o caça de despejar combustível na sua trajetória.
Por sua vez, a Rússia explicaram que intercetaram o drone após este ter violado o seu espaço aéreo. O Ministério da Defesa russo garante que o drone caiu devido a uma manobra brusca.
O porta-voz do Pentágono, o general Patrick Ryder, disse na altura que havia imagens em vídeo que provavam a sua versão. Essas imagens foram esta quinta-feira divulgadas.
O vídeo terá sido editado por uma questão de duração, explicou o Pentágono, mas mostra os eventos denunciados na ordem cronológica correta.
As imagens confirmam que o caça russo lançou combustível na direção do drone, mas aquilo que levou à queda do drone é menos percetível. No entanto, o drone ficou danificado quando o Sukhoi-27 russo passa por si. Depois de interferências no vídeo, as imagens voltam e nota-se que o drone perdeu parte da hélice.
A Rússia não quer “confrontações” com os EUA, disse o embaixador Anatoly Antonov: “Preferimos não criar uma situação em que possamos enfrentar confrontações não intencionais ou incidentes não intencionais entre a Federação Russa e os Estados Unidos”.
Ainda assim, o diplomata perguntou aos Estados Unidos qual seria a sua reação se visse um destes drones no seu espaço aéreo.
“Este drone pode carregar 1700 quilos de explosivos e ainda várias bombas. Qual seria a reação dos Estados Unidos, se um drone russo deste tipo fosse visto bastante próximo, por exemplo, de São Francisco ou Nova Iorque? Para mim, é claro. É uma clara provocação. A queda nada teve a ver com qualquer contacto, que não houve”, reforçou Antonov.
