Arsenal 1-1 Sporting (4-6) | Leão cala os canhões e está nos “quartos”

Vince Mignott / EPA

ÉPICO! O Sporting calou o Emirates Stadium, eliminou o Arsenal e carimbou o passaporte rumo aos quartos-de-final da Liga Europa.

Num jogo impróprio para cardíacos e após o empate a dois golos em Alvalade, a equipa de Rúben Amorim resistiu à vantagem dos ingleses, empatou com um remate magistral de Pedro Gonçalves – mais um candidato ao prémio Puskás – e ficou perto da reviravolta.

O encontro prosseguiu no prolongamento, período no qual houve mais ocasiões dos “gunners”, Adán brilhou, susteve a pressão contrária, Ugarte foi expulso e, da marca dos 11 metros, o guardião espanhol voltou a agigantar-se, voou, defendeu o “tiro” de Martinelli e Nuno Santos não vacilou e deixou o norte de Londres pintado de verde e branco.

Na casa dos “canhões”, quem festejou foram os “leões”! Caso o Sporting tivesse sido eliminado, Portugal teria caído no “ranking” da UEFA e perdido uma vaga na edição 2024/25 da Liga dos Campeões.

Na antevisão ao jogo, Rúben Amorim pediu que a equipa que comanda entrasse em cena com personalidade e não tivesse medo de ter a bola. E nos primeiros minutos, os “leões” não se amedrontaram perante o poderio do opositor.

Neste período, a equipa chegou a ter 61% da posse de bola e viu Trincão falhar o alvo por escassos centímetros.

Mas os “gunners” limparam as armas e, após um primeiro aviso de Jesus (15’), não perdoaram e abriram a contagem quatro minutos volvidos, numa jogada finalizada por Xhaka, que começou num lançamento de Jorginho, numa intercepção falhada de Esgaio, num remate de Martinelli defendido por Adán e terminou na recarga certeira do suíço.

O guardião leonino brilhou aos 30 minutos, evitando o tento de Gabriel Jesus, e nos últimos minutos o Sporting esteve por cima, acercou-se algumas vezes da baliza inglesa, explorando os “raides” de Edwards, e um “tiro” de Ugarte quase empatou o duelo já no período de descontos.

Ao contrário do Arsenal, que enquadrou todos os cinco remates que fez, os vice-campeões nacionais atingiram a marca das cinco tentativas, mas não acertaram na baliza contrária.

O autor do tento que fazia a diferença era o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.6, fruto de um golo (na única tentativa que fez), uma eficácia de 91% no capítulo dos passes e quatro recuperações de posse acumuladas.

Adán era a unidade “verde-e-branca” em destaque, ele que foi autor de quatro defesas e tinha um um rating de 6.8.

Sem nada a perder, o “leão” cerrou os dentes e foi atrás do prejuízo. Manteve a coesão, organizou-se, subiu as linhas, Pedro Gonçalves soltou-se das amarras defensivas e os de Alvalade asfixiaram o líder da Premier League.

Aos primeiros dois avisos, e numa fase em que já tinham mais posse de bola do que adversário (54%), “Pote” marcou um golo que merece ser visto e revisto.

Do meio-campo, o camisola 28 viu que Ramsdale estava fora da baliza e desferiu um chapéu monumental que deixou boquiabertos todos aqueles que viram o lance. Marcava o relógio o minuto 62.

Instantes depois, Paulinho rondou a reviravolta. Atordoado, o Arsenal não conseguia controlar o domínio leonino, que voltou a ficar perto da glória, mas no “face to face” com o guarda-redes inglês, Edwards não encontrou o caminho do golo e desperdiçou uma ocasião flagrante.

Os anfitriões apenas visaram a baliza de Adán pela primeira vez na etapa complementar aos 79 minutos, na sequência de um livre directo cobrado por Fábio Vieira.

Com tudo empatado, o duelo prosseguiu no prolongamento. Xhaka continuava a ser o jogador com melhor nota na partida – 8.0. Do lado leonino, Pedro Gonçalves era a peça em foco com 7.9.

Com alguns jogadores a acusarem o esforço, entre os quais “Pote” que foi substituído pelo jovem Essugo, pertenceu ao Arsenal a oportunidade mais clara no prolongamento, quando este “isolou” Trossard, mas valeu Adán que parou o remate do belga e viu na sequência a bola ir ao poste direito.

Foi dos “gunners” a segunda parte do prolongamento, a equipa de Arteta pressionou de forma incessante e ficou próximo de marcar em diversas ocasiões, mas ora Adán, ora Diomande vestiram a capa de salvadores e bloquearam as investidas inglesas.

Os “verdes-e-brancos” ainda viram Ugarte admoestado com segundo amarelo, após entrada perigosa sobre Saka, e foram para o desempate da marca dos 11 metros reduzidos a dez elementos.

Nos penáltis, St. Juste, Ødegaard, Esgaio, Saka, Gonçalo Inácio, Trossard, Arhur Gomes marcaram em sequência, Martinelli tremeu, Adán defendeu e, no remate final, Nuno Santos fez história e colocou os “leões” nos quartos-de-final da Liga Europa.

Vince Mignott / EPA

Nuno Santos celebra golo do Sporting

Nuno Santos festeja depois de marcar o penálti do Sporting que eliminou o Arsenal da Liga Europa.

Melhor em Campo

Grande exibição do capitão dos londrinos.

Xhaka pegou nas rédeas do jogo da equipa e encheu o campo com uma bela exibição, na qual se destacou com um golo (em dois remates), uma eficácia de 88% nos passes (nove falhados em 73 tentados), atingiu as 107 acções com a bola, recuperou a posse em 12 ocasiões, perdeu-a por 15 vezes e atingiu as 12 acções defensivas, entre as quais seis desarmes e ainda sofreu quatro faltas.

O MVP teve um GoalPoint Rating de 8.6.

Resumo

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