França aprova aumento da idade da reforma apesar de protestos violentos

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O Senado francês aprovou esta quinta-feira o aumento progressivo da idade legal da reforma dos 62 para os 64 anos. O crescimento será de quatro meses por ano, a começar a partir de setembro deste ano e prolongando-se até 2030.

Esta é uma das medidas mais controversas da reforma do sistema de pensões proposta por Emmanuel Macron. A proposta passou no Senado com os votos da ala republicana, que tem maioria. Toda a esquerda votou contra, mas de nada valeu. A votação contou com 201 senadores a favor e 115 contra.

A votação aconteceu no final de uma maratona parlamentar de 15 horas de discussão sobre aquele artigo, tendo a esquerda apresentado centenas de emendas para impedir o debate e a direita recorrido a um dispositivo excecional para as ultrapassar. A proposta foi aprovada no dia seguinte a uma greve geral que terá levado entre 1,28 e 3,5 milhões de franceses às rua.

Os republicanos estão numa corrida para cumprir o prazo de meia-noite de domingo para finalizar a legislação, realça a rede de televisão France 24, citando a AFP.

O Senado ainda terá de discutir e votar os restantes artigos da lei. Depois disso, haverá uma sessão de concertação com a Assembleia Nacional, onde o texto final voltará a ser votado.

“O seu nome ficará para sempre ligado a uma reforma que atrasará o relógio em quase 40 anos”, disse a socialista Monique Lubin ao ministro do Trabalho, Olivier Dussopt.

O ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, mostrou-se satisfeito mas prudente, ciente de que esta evolução parcial do seu projeto assenta no apoio da direita que lhe será essencial para avançar na fase de conciliação entre as duas câmaras parlamentares.

Dussopt considerou tratar-se de “um voto de responsabilidade do Senado, que optou por seguir o Governo”, e manifestou o desejo de que todos os artigos possam ser discutidos e aprovados até à data limite de tramitação no Senado.

Manifestações, greves e bloqueios são as ações de protesto que têm decorrido em França, contra a reforma das pensões defendida pelo Presidente francês. Para sábado e para quarta-feira estão marcadas mais ações, tendo sido pedida uma reunião de urgência e Emmanuel Macron, a quem exigem a retirada do projeto de reforma.

Enquanto isso, as greves continuam em alguns setores, principalmente nos transportes públicos e na energia.

Macron defende o aumento da idade da reforma, argumentando que desta forma consegue garantir “o financiamento” do modelo social francês.

Os opositores da reforma consideram o projeto lei “injusto” por penalizar seriamente os salários. As sondagens de opinião publicadas em França indicam que se trata de uma medida “impopular”.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. A Sociedade Retroceder ! a Evoluçao Consiste na Melhoria da Vda Nas Pessoas ,Isto Mostra Que a Europa Nao Esta no Bom Caminho

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