O diretor-geral da Microsoft Portugal, João Couto, disse à Lusa que pretende apostar na tecnologia da consola Xbox One para aplicar a áreas da saúde e do ensino, onde já estão a decorrer projetos piloto no mercado português.
“Queríamos reavivar esta área de entretenimento da consola e aproveitámos o lançamento da Xbox One, em setembro, cuja receptividade foi muito positiva”, disse o diretor-geral da subsidiária tecnológica portuguesa, João Couto, em entrevista à Lusa.
Esta nova geração de consolas inclui não só entretenimento com toda a família, mas também permite aos seus utilizadores usufruir de todos os serviços da Microsoft como o Skype, que permite fazer videochamadas através da Internet, aceder ao videoclube, como através da câmara Kinect, que reconhece voz e gestos, com aplicações também para o setor empresarial.
“Estamos a apostar neste tipo de aplicações empresariais para torná-las úteis em áreas como a educação e a saúde”, já que permitem ter “visão infravermelhos” ou até ver “batimentos cardíacos“, explicou João Couto.
Por exemplo, um médico pode fazer remotamente um diagnóstico ou os alunos assistirem a uma aula através do Skype, acrescentou.
“Estamos a fazer algumas iniciativas nesta área, temos dois projetos piloto”, disse o responsável.
“Num dos projetos estamos a usar a Xbox para estimular crianças com dificuldade de aprendizagem“, ou seja, “temos um piloto para dar ensino remoto em todos os alunos que não conseguem ir à escola, mas também na saúde, incluindo a monitorização de idosos que anunciámos com a GNR”, acrescentou.
Em novembro, a Microsoft anunciou um projeto-piloto em conjunto com a GNR para idosos em Évora, tendo sido colocado ‘software’ e ‘hardware’ numa sala de estar com 10 idosos para minimizar o isolamento, garantir o bem-estar e segurança e acompanhar em tempo real o estado de saúde dos mesmos.
“Há uma série de sensores que são monitorizados pela GNR”, no caso do projeto de Évora, adiantando que “a própria câmara tem controlo por voz”, tecnologia da nova geração XBox One.
Para o diretor-geral da Microsoft Portugal, 2015 será o ano em que estes projetos poderão ganhar uma nova dimensão no mercado português. “É o ano em que estamos a prever escalar estes projetos, estamos a trabalhar” nisso, disse.
“Provavelmente no primeiro semestre de 2015 deveremos estar em condições de escalar um destes programas”, sublinhou.
/Lusa