Mega-estudo confirma o que muitos já suspeitavam sobre o sexo

A pesquisa concluiu que os homens tem uma maior libido que as mulheres e pensam com maior frequência em sexo.

Uma meta-análise a 211 estudos publicada no Psychological Bulletin confirmou aquilo que muitos de nós já suspeitávamos: em média, os homens tem uma maior libido do que as mulheres. Geralmente, os homens têm mais fantasias sexuais e masturbam-se com maior frequência do que as mulheres.

Os investigadores analisaram estudos que mediam a frequência com que uma pessoa pensa em sexo (cognição sexual), tem sentimentos sexuais (afeto sexual) ou tem comportamentos sexuais. Foram também tidas em conta pesquisas onde os participantes auto-avaliam a sua libido.

No total, todos os estudos incluíam homens e mulheres, todos tinham mais de 14 anos de idade e a amostra tinha de ter, no mínimo, 20 participantes de cada sexo. Foram excluídos artigos com populações clínicas, que foram publicados antes de 1997, que incluíam alguma forma de manipulação dos resultados e que foram feitos no contexto de uma gravidez ou um aborto, escreve o Psy Post. O resultado final incluiu 211 estudos, com um total de 621,463 participantes.

Um dos aspetos analisados foram as diferenças entre os sexos nos estudos baseados na auto-avaliação. Um dos principais indicadores é a frequência com que os participantes dizer fazer sexo. O raciocínio é que se os participantes são uma amostra representativa da população heterossexual, sempre que um homem faz sexo, deve haver também uma mulher a fazer o mesmo.

Os resultados não mostraram diferenças de género na frequência média com que uma pessoa faz sexo. No entanto, os homens relataram ter tido mais casos de uma noite e um número total de parceiras sexuais mais alto, indicadores nos quais as diferenças de género também não devem ser possíveis.

“Essas análises sugerem que a resposta enviesada pode realmente ter desempenhado um papel, mas esse efeito foi pequeno. O efeito pode ser impulsionado pelas normas sociais, erros de memória ou diferentes estratégias de estimativa”, escreveram os autores.

Os principais resultados indicaram que os homens pensavam sobre sexo com mais frequência (cognição sexual), tinham sentimentos sexuais com mais frequência e que também se envolviam em comportamentos sexuais com mais frequência. Os homens também relataram emoções sexuais mais intensas (intensidade afetiva) e avaliaram o seu desejo sexual como maior.

“A resposta enviesada pode ter inflacionado estas diferenças, mas é improvável que explique totalmente o efeito. A estimativa de efeito conservadora e corrigida pelo viés de resposta ainda é de tamanho moderado”, concluíram.

ZAP //

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