Passos Coelho à frente na corrida para a Presidência

Manuel Almeida / Lusa

Pedro Passos Coelho

Afastamento do espaço público prejudicou Gouveia e Melo, que caiu do pódio pela primeira vez em meses.

O nome do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho surge com frequência entre o leque de potenciais candidatos a Presidente da República, mas recentemente parece ter cimentado o estatuto, reunindo até a preferência dos portugueses.

Esta é a conclusão que é possível extrair da sondagem da Intercampus para o Negócios e Correio da Manhã.

No barómetro, Pedro Passos Coelho surge com 15,8% das preferências. Na sondagem anterior, há três meses, tinha quase o mesmo valor (15,2%) mas estava no segundo lugar.

Agora quem aparece no segundo posto é outro antigo primeiro-ministro, António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. O socialista está afastado da política nacional há duas décadas, mesmo assim conseguiu reunir a preferência de 13,5% dos inquiridos.

Na lista de possíveis candidatos para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, surge outro primeiro-ministro, desta feita, o atual. António Costa surge no terceiro posto (10,6%), apesar de recentemente ter garantido que o cargo de Presidente da República é um que “nunca” vai exercer. E subiu, porque tinha 9,6% em novembro.

No quarto lugar, com 10% das preferências, o primeiro não-político, o almirante Gouveia e Melo, responsável pela coordenação da task-force do plano de vacinação contra a covid-19. O chefe de Estado-Maior da Armada liderou o barómetro na maioria de 2022, mas agora está fora do pódio.

André Ventura surge no quinto lugar. O líder do Chega acumula 9,5% das preferências – subiu consideravelmente, já que tinha 6,1% em Novembro.

Numa sondagem com muitos nomes e com valores muito equilibrados, aparecem ainda Ana Gomes, Rui Moreira, Mariana Mortágua, Durão Barroso, Cotrim de Figueiredo, Marques Mendes, Augusto Santos Silva (todos aproximadamente entre 4% e 6% das preferências, cada). Francisco Assis aparece abaixo de todos os outros, com 0,5%.

9,8% dos inquiridos, ou não sabem em quem vão votar, ou não respondem.

As eleições presidenciais deverão decorrer em Janeiro de 2026.