Catarina Martins anunciou esta terça-feira que não será candidata a coordenadora na próxima convenção nacional do Bloco de Esquerda (BE).
“É o momento para que a coordenação do Bloco seja assumida por outra pessoa”, disse Catarina Martins, justificando a decisão com a “instabilidade da maioria absoluta” que se instalou e que mudou a estratégia do partido, que há meses tinha decidido manter a liderança e só mudar depois das eleições europeias de 2024.
A líder do Bloco justificou o anúncio desta terça-feira com a necessidade de clarificação para dentro do próprio partido, que vai começar a eleger os participantes da Convenção Nacional do partido marcada para 27 e 28 de maio.
“Estes 10 anos foram um tempo extraordinário”, afirmou, citada pelo Expresso. “Pusemos a direita fora do Governo” e o “PS foi obrigado a escrever um acordo sobre políticas” públicas. “A geringonça foi um tempo extraordinário em que o pais melhorou”, referiu ainda, lamentando que a maioria absoluta do PS tenha posto fim a esse ciclo.
“A maioria absoluta veio confirmar que o PS nunca se conformou com este caminho e agora está mesmo a reverter algumas conquistas da geringonça”, declarou Catarina Martins, para quem está em curso uma “viragem à direita que António Costa impôs ao pais”.
“O Bloco é tudo o que ainda esta por conseguir. As vitórias que me animam são o caminho que fizemos. Não desistimos de nenhum dos nossos combates”, prometeu, indicando ainda: “não vou andar por aí, sou daqui”.
Em 2012, Catarina Martins assumiu a coordenação do partido juntamente com João Semedo. Com a saída do deputado da direção, em 2014, tornou-se porta-voz do partido que passou a ser gerido por uma comissão permanente durante dois anos. Em 2016 passou a coordenadora nacional.
Sucedeu a Francisco Louçã, o primeiro coordenador do BE desde 2005, que deixou o partido no seguimento de um mau resultado eleitoral e de pedidos internos de renovação dos quadros dirigentes.
Como noticiou o Público, atualmente a direção do BE enfrenta críticos internos, que exigem mudanças depois do maior rombo eleitoral do partido nas legislativas de 2022 – passaram de 9,52% dos votos em 2019 para 4,40%.
Catarina Martins é deputada na Assembleia da República pelo círculo do Porto desde 2009, tendo integrado a direção do Bloco em 2010.
Os militantes terão de apresentar no dia 27 deste mês as moções que serão votadas na reunião magna, onde se decidirá que lista integrará a direção e o rumo do partido.
Na semana passada, ao Público, Luís Fazenda não confirmou nem desmentiu a saída da coordenadora do B. “Catarina Martins tem condições para continuar, mas se não estiver disponível o Bloco tem alternativas”, disse o fundador do partido.
Antes, Pedro Filipe Soares tinha afirmado, também ao Público, que não via no partido “vontade de mudar de líder” e que se Catarina Martins mantivesse disponibilidade para continuar como coordenadora, não existiria “nenhuma necessidade que leve a essa alteração”.
Espero que a próxima seja a Mortágua.
O PCP já meteu o padeiro, agora é o BE a mudar de líder. Cheira-me a princípio do fim destes partidos. Depois da geringonça vem aí a fatura: o fecho de portas.
Será que nos vai brindar futuramente com mais umas atuações Artísticas enigmáticas ? …….. Como antiga Atriz a suas prestações nos palcos , foram o que foram , mas houve quem gosta-se !