Criança foi detida. Professora sobreviveu e contou que tinha partilhado com a direcção as ameaças do aluno. Escola não deu importância e agora é alvo de processo.
No início deste mês surgiu (mais) um caso que abalou os Estados Unidos da América, mais concretamente em Virgínia.
Uma criança de 6 anos disparou sobre a sua professora na escola primária de Richneck, em Newport News.
Foi detido pela polícia depois de ter disparado dentro da sala de aula. E não foi um tiro acidental.
Houve uma discussão entre aluno e professora e a criança de seis anos, que já tinha levado a arma (comprada legalmente pela mãe) para a escola, disparou.
A professora chama-se Abby Zwerner. Quando viu a arma, adoptou uma postura defensiva e a bala atravessou a sua mão e atingiu a parte superior do peito.
Ao cair no chão, foi uma “heroína”, segundo a polícia local: mesmo no chão e a lutar para sobreviver, conseguiu ainda dizer a todos os alunos para saírem da sala imediatamente.
Sobreviveu e, entretanto, soube-se que já tinha avisado a direcção da escola em relação às ameaças do aluno. Mostrou-se preocupada, porque o aluno dizia directamente que iria buscar uma arma a casa para “vê-la a morrer”.
Abby Zwerner pediu ajuda aos responsáveis – mas a direcção da escola desvalorizou, não deu importância.
E mais: no dia do disparo, Abby e outros professores avisaram os directores que o aluno tinha uma arma e que estava a ameaçar outras pessoas. Mas, ao revistar a mochila, a direcção nada encontrou, segundo a versão de alguns pais; outra versão indica que nem houve revista. E a escola não contactou a polícia.
Por causa dessa atitude, a escola é agora alvo de um processo na Justiça, anunciou a advogada da professora.
Os pais do aluno já reagiram: o filho tem “uma deficiência aguda” e estava sob um plano especial de assistência escolar.
Como a criança teve acesso fácil à arma, em casa, os pais poderão ser presos.