O mais recente Relatório Anual de Fenómenos Aéreos Não Identificados revela mais de 500 observações de OVNIs em 2022.
Esta quinta-feira, o Escritório da Direção de Inteligência Nacional (ODNI), do Pentágono, publicou o aguardado Relatório Anual de Fenómenos Aéreos Não Identificados de 2022.
Solicitado pela Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2022, o documento foi elaborado a partir de escritórios de inteligência militar, da NASA, da Administração Federal de Aviação, entre outras.
O relatório contém mais de 500 relatos de fenómenos aéreos não identificados, ou “UAPs” (há também a sigla “OVNI” para descrevê-los), recolhidos a partir das agências e instituições militares dos Estados Unidos.
O documento destaca que a maioria dos relatos vem de membros da Marinha e Força Aérea do país, que descreveram as suas observações através de canais oficiais. Dos 510 relatos, o ODNI avalia que 366 são novos, identificados desde a criação do Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO).
Deles, 26 foram caracterizados como sistemas de aeronaves não tripuladas, ou drones, enquanto 163 foram relacionados a balões ou objetos semelhantes. Ainda, seis foram descritos como aves ou sacos plásticos a flutuar.
Isso significa que 171 UAPs observados continuam com identidade ou origem desconhecidas. “Alguns destes UAPs não caracterizados parecem ter demonstrado características de voo ou performance pouco usuais, e exigem novas análises”, acrescentaram os oficiais no documento. A nova publicação não traz conclusões definitivas sobre as origens deles, mas dá ênfase na questão da segurança aérea.
Embora o relatório conclua que os “UAPs continuam a representar um perigo para a segurança aérea e representam uma possível ameaça de recolha de adversários”, grande parte deles não tem dados detalhados o suficiente para permitir a atribuição do UAP com alto grau de certeza.
Segundo o ODNI, a agência continua a avaliar que as observações podem ser resultado de um viés de recolha causado pelo número de aeronaves e sensores ativos.
Isto significa que a instituição considera que os oficiais militares a servir em espaço aéreo controlado podem relatar mais UAPs ali, porque há, naturalmente, mais sensores a observar o céu.
Outros fatores, como condições meteorológicas, atmosféricas e até relâmpagos, podem também afetar a observação dos UAPs — e a agência não descarta a possibilidade de deteções vindas de erros de equipamentos ou de sensores.
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