Noushad Thekkayil / EPA
A Argentina está de volta à final de um Campeonato do Mundo e Lionel Messi, depois da derrota em 2014, vai ter, domingo, a oportunidade de tentar erguer enfim o ceptro mundial.
Diante da finalista vencida de 2018, os argentinos não deram hipóteses, com Messi a deslumbrar: marcou o primeiro golo, na conversão de uma grande penalidade, e na sequência de uma jogada absolutamente brilhante fez a assistência para o terceiro.
Mas “La Pulga” não foi o único a brilhar nestas meias-finais do Qatar 2022. Julián “Aranha” Álvarez, avançado do Manchester City, conquistou o penálti do primeiro golo e assinou ele mesmo o segundo e o terceiro. Desta vez, os croatas não mostraram armas para virar os acontecimentos e nem Livakovic lhes valeu.
Croatas não conseguiram travar magia de Messi e Álvarez
A Croácia até teve bastante posse de bola nos primeiros 45 minutos, mas não fez qualquer remate na direcção do alvo e a verdade é que, após um começou dividido e sem lances de perigo, a Argentina começou, progressivamente, a ameaçar a baliza contrária.
Enzo testou Pavlovic e, logo depois, os argentinos marcaram mesmo. Julián Álvarez surgiu na grande área e acabou derrubado pelo guarda-redes da Croácia. Na conversão do castigo máximo, perante o “especialista” em defender penáltis, Messi – no dia em que igualou Matthäus como o jogador com mais partidas disputadas em fases finais de Mundiais – não perdoou e fez o seu quinto golo neste Mundial 2022.
Álvarez – o MVP da primeira parte, com um GoalPoint Rating de 6.5 – estava endiabrado e, pouco depois de conquistar a grande penalidade do 1-0 fez ele mesmo o 2-0, ganhando vários ressaltos antes de ficar na cara de Livakovic e tocar para o fundo das redes.
Livakovic salvou depois por duas vezes – uma a fechar a primeira parte e outra a abrir a segunda – a Croácia de sofrer o terceiro, com a equipa a chegar a meio da segunda parte ainda sem qualquer remate enquadrado, apesar de se acercarem algumas vezes do último reduto contrário.
E foi mesmo a Argentina a marcar o terceiro, outra vez com a mesma dupla “endiabrada”. Messi bailou perante Gvardiol e junto à linha de fundo cruzou rasteiro e atrasado para Julián Álvarez bisar na partida e selar o triunfo, no sétimo remate enquadrado dos argentinos em nove tentados. A Croácia ficou-se pelos dois disparos na direcção do alvo em 12…
Melhor em campo
O avançado de 22 anos do Manchester City está a despontar em definitivo neste Mundial 2022, onde já leva quatro golos. Frente à Croácia, Julián Álvarez não só bisou como ainda conquistou a grande penalidade que abriu caminho ao triunfo da Argentina. Terminou a partida com um GoalPoint Rating de 7.8, com dois golos em dois remates e quatro acções na grande área croata, somando ainda uma condução super progressiva.
Destaques da Argentina
Lionel Messi 7.3
Messi continua em grande no Qatar e realizou mais uma exibição de encantar. Não tremeu perante Livakovic na conversão do penálti do primeiro golo (já leva cinco neste Mundial), fez, na sequência de uma jogada verdadeiramente brilhante, a assistência para o 3-0 (a sua terceira na prova), numa das duas ocasiões flagrantes que criou e ainda concretizou cinco das suas oito tentativas de drible.
Enzo Fernández 6.5
Mais uma excelente actuação do médio do Benfica. Uma ocasião flagrante criada, quatro passes valiosos, dois super progressivos (mais do que qualquer outro jogador no encontro) e, no capítulo defensivo, quatro desarmes.
Destaques da Croácia
Mateo Kovačić 6.0
O médio do Chelesa logrou o melhor rating do lado dos croatas, com três passes para finalização e mais passes certos do que qualquer outro jogador na partida (82 em 87). Foi quem mais acções com bola teve no jogo (105) e teve até mais conduções progressivas do que Messi (cinco, contra quatro do astro argentino). A isto somou ainda oito recuperações de posse.
Luka Modrić 5.9
Desta vez a classe do veterano médio do Real Madrid não chegou para embalar a Croácia para mais uma final. Ainda assim saiu de campo aos 77 minutos com cinco passes valiosos e 93 acções com bola (apenas superado por Kovačić). Não perdeu nenhum dos três dribles que tentou e ainda recuperou seis vezes a posse.
Resumo
// GoalPoint
