No próximo ano serão muito poucas as empresas que vão subir 10% ou mais nos ordenados que paga. A maioria nem chegará aos 5%.
A inflação tem sido uma dor de cabeça para milhões de portugueses ao longo deste ano, que esperam descida dos preços ou subida dos salários.
Os salários deverão subir no próximo ano, mas longe do ritmo da inflação.
O Governo português prevê inflação de 7,4% em 2023, enquanto Bruxelas sobe ligeiramente para 8%.
Mas quase todas as empresas afastam-se dessa actualização.
Um estudo da Hays, citado pelo jornal Expresso, mostra que 93% dos empregadores não prevê chegar a esses valores. Ou seja, só 7% vão aumentar os ordenados acima da inflação.
Mais de metade (61% dos inquiridos) nem vai chegar a aumentos de 5%, segundo este Guia do Mercado Laboral 2023. E 14% dos salários não subirão mais do que 2,4%.
7 em cada 10 trabalhadores estão prontos para mudar de emprego – é o número mais baixo desde 2018.
Do lado dos patrões, a ideia das empresas portuguesas (82%) é continuar a contratar, apesar da guerra na Ucrânia e todas as suas consequências.
O estudo abrangeu 800 empregadores em Portugal e mais de 3.100 profissionais de vários sectores.
Diversidade e inclusão
Outro estudo, mas da GoodHabitz, mostra que diversidade e inclusão são assuntos frequentes e prioridades para empresas e funcionários.
De acordo com o portal Eco, 66% dos funcionários vêem que a empresa onde trabalha está a esforçar-se para melhorar nesses parâmetros. É um valor acima da média europeia: 61%.
Mesmo assim, 84% dos trabalhadores acham que a empresa deveria estar ainda mais atenta a esses valores.
Noutra perspectiva, apenas 9% dos portugueses sente-se à vontade para falar com colegas de trabalho sobre diferenças culturais.
O estudo questionou 13 mil colaboradores em 13 países europeus. Cerca de mil trabalham em Portugal.
E o estado?