O grupo argumenta que, consciente da da pressão da inflação sobre o custo de vida das famílias, todas as insígnias do mesmo reforçaram as dinâmicas comerciais e absorveram parte dos aumentos.
O grupo Jerónimo Martins, proprietário do Pingo Doce, aumentou os lucros nos primeiros nove meses do ano para 419 milhões de euros. Num comunicado divulgado esta manhã, a empresa faz saber que absorveu “parte” dos aumentos nos preços de compra dos produtos aos fornecedores, na tentativa de criar “oportunidades de popupança para os clientes” graças aos programas de fidelização.
Este crescimento pode cifrar-se nos 30%, uma vez que nos primeiros nove meses de 2021 o grupo tinha resultados de 324 milhões de euros — um resultado que, na altura, consistia num crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior (2020).
O mesmo documento aponta que a faturação cresceu 21% para 18,4 mil milhões de euros, o que elevou a EBITDA (resultado antes da aplicação de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1,3 mil milhões de euros.
O grupo, citado pelo Observador, argumenta que apesar “da subida generalizada de preços num contexto de crise alimentar e energética continuou a marcar a conjuntura a nível internacional e também nos três países” onde está presente (para além de Portugal, a Polónia e a Colômbia).
Ainda assim, garante, “conscientes da pressão da inflação sobre o custo de vida das famílias, todas as insígnias do Grupo reforçaram as dinâmicas comerciais e absorveram parte dos aumentos registados nos preços de compra aos fornecedores, investindo na criação de oportunidades de poupança para os clientes e no reforço de competitividade”.
“Esta estratégia permitiu um sólido crescimento das vendas e, consequentemente, a proteção da rentabilidade”, conclui o comunicado. A empresa também aumentou em 19% as vendas em termos consolidados.