Uma condutora saudita proveniente dos Emirados Árabes Unidos foi detida, depois de ter ficado 24 horas na fronteira, onde lhe foi recusado o direito de seguir ao volante do seu carro, indicaram ativistas.
A Arábia Saudita é o único país do mundo onde as mulheres não podem conduzir.
“Estou na fronteira há 24 horas. Não querem devolver-me o passaporte, nem deixar-me passar”, afirmou Loujain Hathloul, no seu Twitter.
Activistas dos direitos das mulheres revelaram que Hathloul foi detida, mas o Ministério do Interior não deu qualquer informação sobre o assunto.
Uma jornalista saudita que trabalha nos Emirados Árabes foi à fronteira para ajudar a sua compatriota, mas foi também detida, disse à Agência France Presse um outro activista.
As duas mulheres foram entretanto levadas para um posto da polícia, onde se encontrarão detidas, acrescentou o activista.
Em outubro, dezenas de mulheres divulgaram fotos suas ao volante, no âmbito de uma campanha a favor do direito das mulheres sauditas a conduzirem, mas o Ministério do Interior avisou que aplicaria as “normas contra quem contribua para violar a coesão social”.
Nascida em Riade há 25 anos, e formada na Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, Loujain Hathloul é uma das principais activistas do movimento de mulheres sauditas que luta pelo direito a conduzir no seu país.
ZAP / Lusa
Resolveram o problema de vez.
Lá as mulheres não causam acidentes