Moscovo critica Portugal por envio de helicópteros de origem russa para a Ucrânia

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José Coelho / Lusa

Helicóptero Kamov Ka-32A-11BC da frota da Protecção Civil no combate a um incêndio

Ministra da Defesa portuguesa reafirmou o apoio à Ucrânia e afirmou que o apoio se mantém. 

Moscovo criticou esta quinta-feira a decisão do Governo português de enviar seis helicópteros de combate a incêndios para a Ucrânia, de origem russa, dizendo que se trata de uma “violação das suas obrigações contratuais“.

A diplomacia russa considera que a decisão tomada pelo Governo português de enviar seis helicópteros Kamov de combate a incêndios para a Ucrânia, ajudando na luta contra a invasão russa, é uma “violação das obrigações contratuais” por parte de Lisboa, referindo-se ao facto de serem aeronaves de origem russa.

“Pedimos aos nossos colegas (portugueses) de se inibirem de dar passos que possam desacreditar Portugal como um parceiro fiável“, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, na rede social Twitter.

Em outubro, Portugal anunciou o envio para a Ucrânia dos seis helicópteros Kamov, que estavam atualmente sem licença para operar, por serem de origem russa, um dos quais estava inoperacional.

“A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los“, disse na altura a ministra a Defesa de Portugal, Helena Carreiras.

A ministra sublinhou que os helicópteros seriam transferidos no estado em que se encontravam, precisando de reparação, mas acreditando que serão “muitíssimo úteis à Ucrânia”, acrescentando que Kiev tinha agradecido o gesto do Governo português.

Numa resposta a estas declarações, a ministra da Defesa afirmou desconhecer as críticas do regime de Moscovo e adiantou que essa decisão de apoiar Kiev se mantém.

“Relativamente aos [helicópteros] Kamov, o que posso dizer é que a intenção se mantém, naturalmente, nas atuais circunstâncias. Como em qualquer outra política, se houver circunstâncias que nos obriguem a revisitar e a ponderar tal far-se-á, mas não há qualquer intenção de alterar nas presentes circunstâncias”, afirmou Helena Carreiras no final do Conselho de Ministros.

Confrontada com esta posição do Governo russo, a ministra da Defesa afirmou “desconhecê-la“. “Portanto, não vou comentá-la“, acrescentou, adiantando, no entanto, o seguinte: “Naturalmente, nem antecipámos ou tivemos grandes preocupações com as obrigações contratuais relativamente à Federação Russa”.

// Lusa

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5 Comments

  1. O que Kosta sabe fazer melhor é dar tiros nos pés.
    Vende a mãe, o gato e até o piriquito, o que interessa é fazer peitaça para a foto!!!

  2. “…em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar.”
    Quer isto dizer que deixamos arder o pais por causa das sanções à Russia?

    .

    “Naturalmente, nem antecipámos ou tivemos grandes preocupações com as obrigações contratuais relativamente à Federação Russa”

    Quer isto dizer que já se pode rasgar contratos à vontade?

  3. O helicópteros em causa estão avariados, nem funcionam. Os ucranianos se os quiserem utilizar vão ter que os arranjar, isto, se der para arranjar………..sabem lá os russos alguma coisa de Portugal……

    O putin se se metesse na vidinha dele e não andasse para aí a matar crianças e inocentes na Ucrânia, de certeza que ninguém iria enviar helicópteros para a Ucrânia.

  4. Somos ricos! Temos meios aéreos a mais e incêndios a menos!
    No próximo verão, já que há tanto excedente, se calhar já nem contractam meios privados…. mais onerosos…
    Viva a fartura! Só não se sente nos bolsos dos cidadãos

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