Preços dos produtos alimentares não transformados (frescos) continuam a subir substancialmente: em setembro fixou-se nos 16,9%, a taxa mais elevada em 32 anos, desde julho de 1990.
Em setembro, o Índice de Preços do Consumidor (IPC) aumentou 0,4 pontos percentuais em termos homólogos, tendo atingido o seu nível mais elevado desde outubro. Como tal, a taxa de inflação em Portugal terá ficado em 9,3% em setembro, de acordo com uma estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). No que respeita à variação em cadeia (comparação com o mês anterior, a variação foi de 1,2%.
O mês de setembro ficou, assim, marcado por uma subida significativa na inflação, em níveis que não podem ser atribuídos exclusivamente à energia. Excluindo a variação de preços e dos produtos frescos, a inflação subjacente acelerou para 6,9% em setembro, o que se pode considerar “o registo mais elevado desde fevereiro de 1994”.
Contrariamente, o preço dos produtos energéticos desceu, o que levou a inflação a recuar, descendo 1,8 pontos percentuais em setembro, para 22,2%. No entanto, os preços dos produtos alimentares não transformados (frescos) continuam a subir substancialmente: em setembro fixou-se nos 16,9%, a taxa mais elevada em 32 anos, desde julho de 1990.