Pravda Gerashchenko / Telegram

Uma caravana humanitária com carros que transportavam civis ucranianos foi bombardeada por mísseis russos, perto de Zaporijia, na manhã desta sexta-feira.
Pelo menos 23 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas, avança o governador da região, Oleksandr Starukh, através do Telegram.
O governador publicou ainda imagens de veículos queimados e corpos caídos na estrada. “O inimigo lançou um ataque contra uma caravana humanitária civil e nos arredores da cidade. As pessoas faziam fila para partir para o território ocupado para buscar os seus familiares e oferecer ajuda. Há mortos e feridos. Os serviços de emergência estão no local”, escreveu Starukh.
Os carros que foram atingidos num ataque aéreo em Zaporijia estavam parados junto a um mercado que vendia partes de automóveis, detalha o conselheiro para a presidência ucraniana Kyrylo Tymoshenko.
No total, 16 mísseis terão sido lançados com um sistema de mísseis terra-ar russo S-300, com quatro deles a atingirem a caravana humanitária, explicou Tymoshenko, citado pelo jornal britânico The Guardian.
⚡️ Russia kills 23 civilians, injures 28 in Zaporizhzhia Oblast.
On the morning of Sept. 30, Russian troops launched a missile attack on a line of civilian cars on the way out of the regional center, according to Zaporizhzhia Oblast Governor Oleksandr Starukh. pic.twitter.com/6t2UPVM0N6
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) September 30, 2022
#Russian invaders shelled a civilian humanitarian convoy at the exit from #Zaporizhzhya.
People were queuing to go to the temporarily occupied territory to pick up their relatives and deliver aid. pic.twitter.com/QQLHjD6B7o
— NEXTA (@nexta_tv) September 30, 2022
À agência Reuters, uma mulher disse que ela e o seu marido estavam a visitar os seus filhos em Zaporijia quando aconteceu o bombardeamento. “Estávamos a voltar para a minha mãe, que tem 90 anos. Fomos poupados. É um milagre”, disse Nataliya.
As autoridades russas já negaram que o incidente foi causado por munições russas, culpando as forças ucranianas pelo ataque. A agência russa RIA cita Volodymyr Rogov, um dos líderes pró-russos em Zaporijia, dizendo: “Militantes ucranianos atingiram uma caravana humanitária com dezenas de carros civis em fila”.
O ataque ocorre no dia em que Vladimir Putin reconheceu a independência das regiões ucranianas de Kherson e Zaporijia, no sul da Ucrânia, um passo antes da anexação destes territórios pela Rússia.
Em comunicado, o Kremlin indicou que Putin assinou o decreto com base nos recentes referendos em que a maioria dos eleitores apoiou a separação da Ucrânia e a adesão à Federação Russa.
Para reconhecer a independência de Kherson e Zaporijia, o Presidente russo defende o direito de autodeterminação dos povos e os estatutos das Nações Unidas.
Estas consultas separatistas, realizadas entre 23 e 27 de setembro, foram condenadas por Kiev e pelo Ocidente, que consideram os referendos “farsas” democráticas.
Na próxima semana, ambas as câmaras do Parlamento russo aprovarão esta adesão, após a qual Putin a promulgará, como aconteceu em 2014 com a anexação da península da Crimeia.
Na Crimeia, um referendo considerado ilegal pelo Ocidente também foi organizado há oito anos, após o qual a sua independência foi proclamada e depois o território anexado pela Rússia.
A Ucrânia garante que tanto os referendos quanto a anexação são ilegais, enquanto o Ocidente também anunciou que adotará novas sanções contra o Kremlin.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou esta quinta-feira a Rússia que a anexação de territórios ucranianos “não terá valor jurídico e merece ser condenada”, frisando que “não pode ser conciliada com o quadro jurídico internacional”.
Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que a União Europeia (UE) vai continuar a apoiar “política, económica e militarmente” a Ucrânia na “guerra atroz” de Vladimir Putin, que procura “inverter o rumo da história” no caminho da democracia.
A Comissão Europeia propôs na quarta-feira um oitavo pacote de sanções à Rússia, face à “nova escalada” do Kremlin na sua agressão à Ucrânia, com a realização de “referendos fraudulentos”, mobilização parcial e a ameaça de recurso a armas nucleares.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu esta quinta-feira que os Estados Unidos nunca reconhecerão os resultados dos referendos “orquestrados pela Rússia” na Ucrânia e acusou o homólogo russo Vladimir Putin de “violação flagrante” da Carta das Nações Unidas.
Daniel Costa, ZAP // Lusa
Estes cobardes loucos não tem limites…
Cada um gosta de emprenhar por onde lhe dá mais jeito. Informe-se quem são os cobardes loucos.
Mais uma mentira ucraniana que os media ocidentais difundem como verdadeira. O ataque foi feito com um míssil S-300, um tipo de míssil que os russos já não usam mas que a Ucrânia ainda tem do tempo da União Soviética. De resto, o ataque foi feito a civis que se dirigiam para o LADO RUSSO, não faz qualquer sentido a acusação aos russos!