Novas imagens mostram o Sol como nunca o viu antes

NSO / AURA / NSF

O Telescópio Solar Inouye divulgou recentemente imagens do Sol como nunca o viu antes. A fotografia mostra a estrela com uma resolução de 18 quilómetros.

Se pensar na imagem mais detalhada que já viu do Sol, provavelmente vem-lhe à cabeça uma enorme e brilhante bola de fogo. Por muito gráfica que possa ser, não se compara às imagens agora divulgadas, que mostram o Sol com grande resolução.

O Telescópio Solar Daniel K. Inouye divulgou aquelas que são as primeiras imagens da cromosfera, a área da atmosfera do Sol acima da superfície. As fotografias mostram uma região de 82.500 quilómetros de diâmetro com uma incrível resolução de 18 quilómetros.

A cromosfera é a segunda das três principais camadas da atmosfera do Sol. Está localizada acima da fotosfera e abaixo da região de transição solar e coroa.

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, as imagens e os dados produzidos pelo Telescópio Solar Inouye vão escrever os próximos capítulos da investigação em Física Solar.

“O Telescópio Solar Inouye da NSF [National Science Foundation] é o telescópio solar mais poderoso do mundo que mudará para sempre a maneira como exploramos e entendemos o nosso Sol. Os seus insights transformarão como a nossa nação e o planeta preveem e preparam-se para eventos como tempestades solares”, disse o diretor da NSF, Sethuraman Panchanathan, num comunicado à imprensa.

NSO / AURA / NSF

Imagem detalhada do Sol com a Terra em escala.

Para que se tenha uma noção da enormidade das imagens divulgadas pelo telescópio, os astrónomos colocaram o nosso próprio planeta em escala, ao lado da imagem detalhada do Sol.

Segundo a ScienceAlert, o feito marca o aniversário de um ano do Telescópio Solar Inouye e o culminar de 25 anos de planeamento cuidadoso.

Regra geral, a cromosfera do Sol é invisível e só pode ser vista durante um eclipse solar total, quando cria uma borda vermelha à sua volta. No entanto, a nova tecnologia de ponta mudou isso.

Matt Mountain, presidente da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA), diz que cortamos a fita para uma “nova era da Física Solar”.

Daniel Costa, ZAP //

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