Pedir desculpa nem sempre resolve a situação em que nos enfiámos, raiva não é dor e dinheiro não é sempre o que nos torna mais felizes.
Praticamente toda a gente que conhecemos – ou mesmo toda a gente que conhecemos – diz mentiras a si próprio.
Convencem-se de algo que não corresponde à realidade para tentar justificar algo que fizeram, ou vão fazer; ou para se “desviar” de alguma responsabilidade, de alguma situação específica.
Costumamos associar mentira a algo que dizemos a outros; mas a mentira à própria pessoa é muito frequente. A maioria sobre emoções e sobre o impacto dessas emoções nas relações e nos objectivos de vida.
E estudar estas mentiras é complicado: quando questionadas, muitas pessoas não serão verdadeiras (talvez inconscientemente) na sua resposta. Até porque normalmente é mais fácil avaliar os outros do que a nós.
Claro que os outros é que mentem… Nós não. Nunca.
Apesar da dificuldade nos estudos, o psicólogo clínico Seth Meyers conseguiu identificar três mentiras mais frequentes, entre aquelas que as pessoas dizem a si próprias. E apresentou a sua lista no portal Psychology Today.
Então vamos lá saber o que os outros fazem.
A primeira mentira mais frequente é convencer-se de que um pedido de desculpas resolve as coisas. Sim, pedir desculpa após um erro é importante, mas não é uma “solução única e perfeita”. Convencemo-nos de que, como já pedimos desculpa, o dano que causámos na outra pessoa vai desaparecer. Mas o que vai desaparecer, muitas vezes, é a confiança que a outra pessoa tinha em nós.
A segunda mentira é dizermos a nós mesmos que estamos com raiva – mas a verdade é que estamos a sentir dor. A confusão entre emoções é muito frequente. Mas a raiva, que supostamente até nos poderia dar mais força para reagir, muitas vezes é sinónimo de vulnerabilidade e de desamparo. Embora seja difícil reconhecer isso.
O último exemplo envolve dinheiro. Muitas pessoas convencem-se (ou tentam convencer-se) de que o dinheiro e outras recompensas são o que nos deixam mais felizes. Sim, as redes sociais ajudam a “vender sonhos e fantasias”. No entanto, em quase todos os casos, quando se é promovido no emprego, quando se muda para uma casa melhor, ou quando se ganha o Euromilhões, o que se segue é…infelicidade. Desilusão, talvez. O melhor é aproveitarmos o que temos e deixarmos de lado as fantasias.
No entanto são essa mentiras que contamos a nós mesmo que mantêm sãs muitas pessoas… a ilusão de que vai funcionar, senão a taxa de suicídio seria bem alta.
Eu acho que o autor original do artigo é um infeliz qualquer que quer todos de forma semelhante!
Só posso aplaudir o seu comentário!