Sérgio Figueiredo contratado por Medina para avaliar políticas públicas (com salário de ministro)

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Mário Cruz / Lusa

Contrato, por ajuste direto, tem duração prevista de dois anos e garante ao antigo administrador da Fundação EDP ter um salário que se equipara ao vencimento de um ministro.

Sérgio Figueiredo, antigo jornalista e ex-administrador da Fundação EDP, foi contratado pelo Ministério das Finanças como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas. De acordo com o jornal Público, o contrato foi celebrado por ajuste direito e deverá ser publicado brevemente no portal Base, tendo a duração de dois anos. O salário do antigo diretor de informação da TVI deverá equiparar-se ao vencimento líquido de um ministro, ou seja, 4767 euros.

O gabinete do ministro das Finanças confirmou ao mesmo jornal que o ministério “contratou os serviços de Sérgio Paulo Jacob Figueiredo para prestar serviços de consultoria no desempenho, implementação e acompanhamento de políticas públicas, incluindo a auscultação de partes interessadas na economia portuguesa e a avaliação e monitorização dessas mesmas políticas”.

Tal como explica o Público, o consultor, para além de conceber e desenhar as políticas públicas, também terá de acompanhar a sua implementação, assim como a perceção das mesmas por parte dos atores interessados, como os empresários e as confederações patronais, os sindicatos, outras entidades da concertação social, as entidades dos diversos níveis da administração pública, os funcionários públicos.

O objetivo deste acompanhamento é alterar e adaptar as medidas e políticas praticadas, de forma a reforçar a ligação da política à economia.

Sérgio Figueiredo já assumiu funções há alguns dias. Apesar de só agora ter sido publicado, o despacho foi assinado a 29 de julho e produziu efeitos a partir dessa data. O gabinete do ministro adianta ainda que o recurso ao ajuste direto para a contratação se justifica pelas qualificações especializadas do consultor — “inerentes a serviços de natureza intelectual”.

No despacho le-se ainda que a “secretaria-geral do Ministério das Finanças está a promover um procedimento para a aquisição de serviços de consultoria estratégica especializada ao Ministério das Finanças, na qual se inclui a auscultação dos stakeholders relevantes na economia portuguesa, no âmbito da definição, implementação e acompanhamento de políticas públicas e medidas a executar, da avaliação e monitorização dessas políticas, tendo presente as atribuições legalmente atribuídas ao Ministério das Finanças, e bem assim, o aconselhamento nos processos internos de tomada de decisão”.

ZAP //

13 Comments

  1. Do que conheço do Dr. Fernando Medina como Presidente da Câmara-e a muitas reuniões assisti, como representante de uma micro Empresa- não vejo que esteja a fazer o favor a um amigo, mas sim a contratar alguém competente, para ajudar no Ministério das Finanças e andar para a frente como o fez na Câmara.
    Só para quem não sabe. No tempo do Santana Lopes o pagamento a fornecedores (micro empresas eram feitos a mais de 1 ano ) No tempo de Medina passaram para 30/60 dias è uma grande diferença
    Por isso acredito que esta contratação também irá trazer beneficios a todos os contribuntes

    • Tinha que vir a analogia PS/PSD que, neste caso é patética. Só Sócrates é que nunca foi objeto de qualquer analogia com quem quer que seja. Porque será?

    • De acordo com o que foi publicado por Ana Campos na mensagem seguinte. É de fato lamentável como tudo isto acontece. Teria de ser por ajuste direto, é obvio. Mas não teria de ser por tantos anos e pelo vencimento líquido de um Ministro por muito qualificado que seja Sérgio Figueiredo, o homem que lançou fogo ao Banif enquanto diretor de informação da TVI. Um consultor para funções públicas não tem de auferir tanto quanto um Ministro. Numa empresa privada poderá receber, como consultor, o que os acionistas entenderem.
      Na Fundação EDP e como Diretor de informação da TVI quanto auferia e que bónus por objetivos alcançados lhe somava? Poderia até auferir o vencimento de António Mexia. 2 milhões/ano (150 mil euros/mês). Bom senso, boas, sãs e transparentes práticas políticas e boa gestão dos fundos públicos são os principais quesitos que todos desejamos. Com este episódio os media não se cansam de comentar.

  2. Este (des)governo funciona na base do Marketing. O investimento em Marketing é o maior investimento do Kosta. Sempre foi. Governar nem tanto. Por isso faz sentido a contratação.

  3. Eles comem tudo…eles comem tudo…e pouco dão aos portugueses. Os amigos nunca são esquecidos. É o habitual do PS.

  4. Mais taxito para o amiguito. Com salário de lord…. viva o ps, cuxas e kostinhas. Vamos para a bancarrota mas eles vão todos de barriga cheia….VERGONHA

  5. Isto pode não ser exactamente contratação. Pode ser e normalmente é, apenas transferencia de capitais da “esfera pública ” para a ” esfera privada “.

  6. Este homem está bem cotado na sociedade política de Lisboa. Jornalista, administrador da Fundação EDP (organização de eventos?) passando rapidamente para admistrador do parque nacional produtor de energia eléctrica. Logo a seguir, director da TVI. E, agora é o que se lê. Curriculum versátil de vida. Conheço poucos.

  7. Grande Medina !!! favores com favores se pagam.
    Há muito que a política não passa de um palanque para angariação de contactos e amizades com vista a assegurar um futuro dourado/milionário.

  8. Quando a incompetência é tanta, para a disfarçar, contrata-se muita gente, com boas remunerações e, assim, reparte-se amanhã a responsabilidade. Porém, são sempre os mesmos a pagar. Se pegassem nestes gastos e os aplicassem na melhoria das condições de vida dos portugueses, seria muito melhor. BASTA.

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