NASA divulgou mais imagens obtidas através do maior telescópio de sempre. Dia histórico.
Não, não é ficção.
É o “nosso” mundo a observar “outro” mundo.
É o momento que milhões de pessoas esperavam há muito tempo: as primeiras imagens recolhidas através do James Webb.
O James Webb – como se precisasse de ser apresentado – é o maior telescópio de sempre lançado para o Espaço.
Foi lançado há sensivelmente meio ano, no dia 25 de Dezembro de 2021, e está a cerca de 1.5 milhões de quilómetros da Terra.
O super-telescópio, extensão dos nossos olhos em direcção ao Cosmos, já tinha divulgado uma imagem, o aglomerado de galáxias SMACS 0723.
Estavam prometidas novas imagens e as mesmas já foram divulgadas nesta terça-feira.
A imagem acima é a Nebulosa do Anel Sul. “Olhar para essa nebulosa é como se estivéssemos a olhar para o futuro do Sol”, resume a NASA, a agência nacional dos Estados Unidos da América para o Espaço.
Está a cerca de 2 mil anos-luz de distância da Terra e, no fundo, está coberta de poeira. É formada por nuvens de gás e poeira atiradas por estrelas no final das suas vidas.
Esta é a Nebulosa Carina. Uma região de formação de estrelas, a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância, na constelação sul de Carina.
“É o lar de muitas estrelas massivas, várias vezes maiores que o Sol”, acrescentou a NASA.
O Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias (NGC7317, 7318A, 7318B, 7319 and 7320). É o primeiro grupo deste género descoberto e está a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação Pégaso.
Esta imagem é o espectro do exoplaneta WASP-96b. O telescópio anotou a presença de água e a existência de nuvens e de nevoeiro. O WASP-96b é um planeta que não está integrado no Sistema Solar. E pouco parecido com a Terra.
Localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra, orbita a sua estrela a cada 3,4 dias. Tem cerca de metade da massa de Júpiter.
Estas descobertas podem-nos conduzir à origem do Universo, a respostas procuradas há muito e a criar perguntas.
O projecto do telescópio James Webb envolve milhares de pessoas, cientistas, algumas delas portuguesas. É orientado pela NASA, pela Agência Espacial Europeia, pela Agência Espacial Canadiana e pelo Space Telescope Science Institute.