O primeiro preservativo era feito de linho e embebido em azeite. Pertenceu a Tutankhamon

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Quando o túmulo de Tutankhamon foi descoberto pela primeira vez, em 1922, foram encontrados mais de 5000 artefatos. Entre esses objetos estava o preservativo do rei, fito de linho e embebido em óleo, se tratando do primeiro contracetivo do género.

O preservativo usado por Tutankhamon, que continha traços de ADN, consistia num saco feito de linho fino, embebido em azeite, preso a um cordão que permitia amarrar à cintura. Datado de 1350 a.C., é considerado o mais antigo preservativo conhecido, revelou um artigo do Ancient Origins, recentemente publicado.

Embora não esteja claro se era usado como contracetivo, em rituais ou como forma de prevenir doenças, a verdade é que é pouco provável que esse preservativo fosse eficaz. Na verdade, restos de dois fetos foram também encontrados na sua tumba, com os testes genéticos a revelarem que Tutankhamon era o pai.

Mas os egípcios tinham outros métodos contracetivos. O papiro médico de Kahun, datado de 1825 a.C., recomendava o uso de uma mistura de estrume de crocodilo e de outros ingredientes como método de prevenção. Segundo uma das hipóteses, o estrume do crocodilo é alcalino, atuando como um espermicida.

Os egípcios foram das primeiras civilizações a usar preservativo, mas outros povos seguiram logo o exemplo. Na Roma antiga, eram feitos a partir de linho e de partes do intestino e da vesícula de animais. Os chineses produziam-nos com papel de seda embebido em óleo. No Japão, utilizavam conchas de tartaruga ou chifres de animais para cobrir parte do órgão genital masculino.

Já os membros da tribo Djuka, na Nova Guiné, tinham um preservativo feminino feito de uma planta específica, enquanto os muçulmanos e os judeus da Idade Média cobriam o órgão genital masculino com alcatrão ou com sumo de cebola.

De acordo com o Ancient Origins, quando o primeiro surto documentado de sífilis surgiu entre as tropas francesas, no século 15, a necessidade de ter uma proteção contra a doença tornou-se ainda mais essencial, e os sacos de linho embebidos numa solução química foram amplamente adotados.

Na época do Renascimento, a par dos sacos de linho, havia preservativos feitos de intestino ou vesícula de animais. Este produto sofreu uma revolução no início do século 19, com a introdução da borracha. Em 1850, várias fábricas de borracha começaram a produção em massa de preservativos.

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