Escolas: Paços de Ferreira e Matosinhos no topo. Públicas só depois do 40.º lugar

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(dr) Colégio Nova Encosta

O surpreendente Colégio Nova Encosta e o Colégio Efanor destacam-se nas notas dos exames no ano lectivo 2020/21. Privadas dominam, mais uma vez.

Foi só em Julho de 2022, foi já durante as férias escolares para milhares de alunos, mas nesta sexta-feira foram divulgadas as classificações das escolas do ensino secundário, no ano lectivo 2020/21.

A actualização anual só foi divulgada agora porque as estatísticas do Ministério da Educação saíram mais tarde devido à mudança da composição do Governo já neste ano.

A principal função é que estas tabelas sirvam como ferramenta para os directores de escola, como um retrato do que foi feito no ano lectivo em causa. “Permite olhar para dentro, repensar as práticas dessa comunidade educativa e perceber para onde a escola está a andar. Mas não devem servir para dizer que esta escola é a melhor do que a outra porque as realidades são muito diferentes”, sublinhou a jornalista Ana Kotowicz na rádio Observador.

Como sempre, os dados fornecidos pelo Ministério da Educação não apresentam uma ordem. Depois, cada órgão de comunicação social faz a sua análise e estabelece a sua ordem.

O jornal Público, com o auxílio da Católica Porto Business School, teve em conta as escolas onde se realizaram pelo menos 62 exames numa das oito disciplinas mais “concorridas”.

A escola com notas mais altas é uma surpresa: o estreante Colégio Nova Encosta, em Paços de Ferreira. Tem uma média de 16,10 valores.

“Acho que é possível partir de uma fórmula similar, mas cada colégio tem a sua especificidade e todos os dias essa fórmula tem de ser afinada. Ninguém pode estar à espera de aplicar determinada receita e no final ter os resultados esperados. Isso não funciona. Todos os dias afino a máquina. Um colégio é um castelo de cartas. Todos os dias ponho uma carta. Se eu não tiver cuidado, destruo o castelo”, justificou o director Rui Azevedo.

O Colégio Efanor, em Matosinhos, e o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, completam o pódio.

Colégio Nossa Senhora do Rosário (Porto), Academia de Música de Santa Cecília (Lisboa), Colégio da Rainha Stª Isabel (Coimbra), Colégio de S. Tomás (Lisboa), Colégio Minerva (Barreiro), Colégio Paulo VI (Gondomar) e Colégio de São João de Brito (Lisboa) completam o top-10.

Só há escolas privadas nos 39 primeiros lugares. E não há qualquer escola pública dos distritos de Lisboa, Porto e Coimbra entre as 50 com notas mais elevadas.

A escola pública com média mais elevada aparece somente no 40.º posto e é a Escola Básica e Secundária Henrique Sommer, em Leiria, com média de 13,41 valores.

Na rádio Renascença o pódio é igual: Colégio Nova Encosta no topo, seguido por Colégio Efanor e Colégio D. Diogo de Sousa.

O jornal Observador, em parceria com a Nova School of Business and Economics, focou-se em escolas secundárias com o mínimo de 20 exames por disciplina e em cursos científico-humanísticos.

Aqui é o Colégio Efanor que passa para a frente, com média de 16,1 valores. O Colégio Nova Encosta desce para o segundo lugar e o Colégio D. Diogo de Sousa mantém a terceira posição.

O Colégio Efanor (16,60) também ocupa o primeiro lugar na tabela do Diário de Notícias, seguido pelo Colégio de Cedros (Vila Nova de Gaia) e pelo Grande Colégio Universal (Porto).

27 escolas com média negativa nos exames, mais 17 do que no ano anterior. Uma região particular é a do Algarve, que tem um recorde: quase um terço (28%) dos alunos do 12.º ano reprova, ou desiste da escola.

Já no ensino primário, no 4.º ano, destaca o Público que a grande maioria dos alunos passa para o ano seguinte. Mais de 80% das escolas primárias não registaram qualquer reprovação no 4.º ano.

Ministro não reconhece estas tabelas

João Costa não concorda com estas listas anuais, com classificações das escolas, porque há mais de 50 indicadores que avaliam o trabalho escolar.

“Não reconheço nos rankings que são meras hierarquizações de escolas, um grande indicador sobre a qualidade do trabalho que se faz nas escolas”, reagiu o ministério da Educação, à agência Lusa.

ZAP //

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5 Comments

  1. Alunos das escolas privadas não deveriam ser aceites nas Universidades públicas e vice-versa. Se toda a sua vida tiveram dinheiro para estudar, indo para as Universidades públicas tiram o lugar dos alunos que sempre andaram em escolas públicas sem qualquer vantagem, por mérito próprio.

  2. Seria pertinente o Srº Ministro da Educação olhar, não para os Rankings, mas para os resultados e refletir sobre eles e as principais causas. As “supostas” METAS e Objetivos das escolas sobrepõem-se a tudo, toleram tudo, e exigem que os “meninos” tenham todos sucesso no final do ano, mesmo aqueles que passaram o ano a faltar e os Encarregados de Educação a justificar todo o tipo e número de faltas, que não cumpriram planos de trabalho nem desenvolveram competências e habilidades, mas tem que transitar de ano. Isto é que é pedagógico.
    Seria pertinente perceber que a PRODUTIVIDADE da economia não se constrói em gabinetes nem nos facilitismos, mas sim no desenvolvimento de competências, habilidades e RESPONSABILIZAÇÃO de atos. Reflitam

    • O ministro não reconhece estes resultados porque não lhe cheira a conversa. Se fossem ao contrário, aceitava-os logo e até se babava todo. Que políticos hipócritas!

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