País peculiar em diversos aspectos tem capacidade hoteleira limitada. E não vai deixar entrar adeptos que não tenham quarto de hotel reservado.
O Mundial 2022 de futebol já é peculiar há alguns anos.
Quando se soube que iria ser no Qatar, uma estreia, a peculiaridade começou.
Quando se soube que se vai disputar entre Novembro e Dezembro, outra estreia, a peculiaridade prolongou-se.
Num torneio que já tem o elenco de selecções fechado e que não vai contar com árbitros portugueses, os assuntos extra-futebol têm preenchido as notícias.
Têm-se multiplicado as denúncias em relação às condições de trabalho na preparação para o maior torneio de futebol do planeta.
E haverá outras condições especiais: para os visitantes.
Nesta terça-feira arrancou a segunda fase de bilhetes para o Mundial de futebol. Os interessados devem comprar os ingressos no portal da FIFA. Cada pessoa pode comprar seis bilhetes para cada jogo e, no total, 60 bilhetes para o torneio.
E os interessados devem tomar nota desta regra: quem não tiver bilhete e quarto de hotel reservado, nem sequer vai entrar no Qatar.
O jornal AS explica que as autoridades locais optaram por esta via por causa da sua capacidade hoteleira limitada.
A própria área do país é limitada: o Qatar é oito vezes mais pequeno do que Portugal.
Tem menos de 3 milhões de habitantes; mas durante o torneio deverão estar no país 4 milhões de pessoas.
A ideia, durante o Mundial, é disponibilizar 140 mil quartos ou casas (25 mil já estão reservados). Mas só vai entrar no país quem já tiver uma reserva – além de um bilhete para, no mínimo, um jogo.
Os visitantes deverão obter um cartão digital chamado Hayya, que será o documento que vai permitir a entrada no país asiático.
A ideia será controlar, não só quem entra no Qatar, mas também a localização dos adeptos a partir do momento em que entram no país. Também se pretende evitar a chegada de milhares de adeptos sem bilhete, para evitar confusões.
E os interessados deverão apressar-se porque, a partir do final de Setembro, já não deverá haver qualquer vaga.
Isto é que é boa gestão! Assim evita-se as confusões que costumam acontecer nestes eventos, com aglomerações de gente que está lá a mais. Um bom exemplo para o futuro.
O melhor era não ir ninguém, principalmente os jogadores/selecções!!