Portugal vai ajudar na reconstrução de escolas na região ucraniana de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros de Kiev, anunciou hoje o ministro da Educação, João Costa.
“Vamos concentrar o nosso apoio numa região específica, Jitomir, onde já temos um trabalho de mapeamento de escolas onde podemos intervir”, disse à Lusa o ministro da Educação, que participa na Conferência de Lugano, na Suíça, que tem como objetivo a elaboração de um plano para a reconstrução da Ucrânia.
Estimativas do governo ucraniano apontam para 1.200 estabelecimentos de ensino do país destruídos pela guerra, desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Na região de Jitomir os ataques terão destruído 70 escolas que, segundo João Costa, apresentam diferentes níveis de destruição.
Segundo João Costa, o projeto preparatório da reconstrução das escolas “já se iniciou”, num trabalho conjunto do Governo e do Ministério da Educação, através da Parque Escolar, com as autoridades ucranianas.
Portugal, juntamente com outros países, ficará responsável pela requalificação de estabelecimentos de ensino desde creches a escolas secundárias, estando ainda a ser estudado o número concreto de escolas que caberá a Portugal recuperar.
“Vai ser o trabalho técnico a definir qual o nosso nível de intervenção e apoio financeiro”, explicou o ministro.
“Neste momento há um trabalho muito intenso, entre a Parque Escolar e as autoridades, para toda a definição técnica. Só quando percebermos a tipologia de construção, qual o modelo de contratação é que poderemos começar a desenhar um calendário concreto de intervenção”, adiantou João Costa.
O ministro sublinhou ainda que este projeto tem de garantir “equilíbrio entre uma recuperação que a Ucrânia pretende que seja relativamente rápida e os princípios de qualidade e segurança dos próprios edifícios”.
A guerra na Ucrânia levou à fuga de milhões de pessoas, tendo Portugal atribuído até ao momento 46.181 proteções temporárias, 28% das quais concedidas a menores (cerca de 13 mil crianças), segundo dados divulgados hoje pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Desde o inicio do conflito, as escolas portuguesas abriram as suas portas a estes alunos e, segundo o ministro, há cerca de 4.700 estudantes inscritos no ensino português.
“Temos estado com um número muito estável no que foram as matrículas no final do 3.º período e já com a projeção com as matrículas para o 1.º período do próximo ano, com um número muito estável de 4.700 alunos”, avançou à Lusa.
Ainda não se nota um movimento de regresso à Ucrânia, “até porque com os dados que aqui foram reportados há cerca de 1.200 escolas destruídas no país todo e obviamente as famílias regressam se os filhos tiverem escola para frequentar”, disse João Costa, à margem da conferência, onde estão representantes de 36 países e organizações, como o Banco Mundial, a Organização Mundial da Saúde e a União Europeia.
Guerra na Ucrânia
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Nao será cedo a guerra nao acabou e pode dar um gostinho especial a Russia destruir de novo o que vai custar caro a construir.Quem me derá enganar-me. Putin como diz o Povo não é flor que se cheire
Uma das maiores lacunas do sistema educativo português é a falta de escolas com laboratórios/oficinas devidamente equipados para aulas práticas/laboratoriais, por falta de financiamento. Parece que vamos ter de continuar à espera, pois a Ucrânia é uma prioridade neste momento…
Eu sabia que ia encontrar aqui um ‘destes’….. LOL
Incrível. O mundo está doido. Os Governos cada vez mais idiotas fazem parte. Gastar dinheiro num país ainda em guerra e em Portugal as escolas em algumas zonas chove como na rua. O povo precisa acordar. isso é uma vergonha.
Sim, vamos investir na Ucrânia, que Portugal tem um poder econômico brutal e um nível de estabelecimentos de ensino irrepreensível… Somos mesmo governados por o pior que temos no nosso pais, que boa maneira de poder desviar mais uns fundinhos, se chover bombas em cima de x dizemos que já tínhamos investido Y…
Só fico parvo, como é que o povo Português amoleceu em 5 seculos, se bem me recordo na Historia de Portugal que aprendi, tínhamos conquistado tudo e todos, um povo pequeno, mas com uma ambição tamanho do mundo, agora geridos pelo pior que temos…