Pilotos da TAP optam por não fazer greve para não serem “bode expiatório”

Os pilotos da TAP decidiram não fazer greve, uma vez que não querem servir de “bode expiatório” para os insucessos no plano.

Os pilotos da TAP associados do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) decidiram “não fazer greve”, uma vez que “não querem pactuar com a intenção já demonstrada de os usar como um bode expiatório para os insucessos no plano de recuperação da empresa”.

Os pilotos estiveram reunidos esta segunda-feira e a moção foi “aprovada por 92% dos cerca de 700 pilotos que participaram”.

“A TAP, sabendo que o quadro de pilotos é inferior às necessidades operacionais, não cumpre o ATE, atribui períodos de assistência a pilotos no limite dos plafonds mensais de horas de voo, desrespeita o regime de folgas previsto no acordo de empresa, desrespeita reiteradamente cláusulas de regulamentação da distribuição de trabalho, pretende alterar unilateralmente o ATE assinado de boa fé entre os pilotos e a empresa e, recentemente, não cumpre sequer a lei num Estado de direito, proibindo os pilotos de reunir em plenário”, lê-se no comunicado da SPAC.

O sindicato salienta que os pilotos estão “somente a demonstrar que os níveis operacionais atuais não se coadunam com o esmagamento a que estão sujeitos e não aceitam continuar a ser discriminados com cortes adicionais face aos restantes trabalhadores”.

A TAP rejeitou ceder o espaço do seu refeitório para o plenário planeado para a passada sexta-feira. Isto porque a empresa considerou que a reunião seria “apta a causar um dano insuportável na empresa e na imagem do país”, num “contexto de progressiva, mas ainda frágil, recuperação”.

“As reuniões plenárias não visam, nem podem ser utilizadas, para infligir danos ou prejuízos à TAP, cujo funcionamento e sustentabilidade devem ser preservados”, defendeu a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.

ZAP //

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