Os aumentos salariais que vierem do próximo ano não podem contribuir para uma maior subida da inflação, defendeu o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, na conferência CNN Portugal Summit, esta segunda-feira.
“Todos temos de entender o contributo que podemos dar para que a inflação volte [a baixar]”, respondeu Centeno sobre o papel que Estado, empresas e trabalhadores podem ter nos próximos meses, devido à inflação, cotado pelo Expresso.
No próximo orçamento, afirmou, o Estado não pode promover aumentos salariais “que criem pressões inflacionistas”, sublinhando: “Não cria pressão na inflação um crescimento salarial que esteja em linha com o objetivo de médio prazo do Banco Central Europeu, adicionado dos ganhos de produtividade”.
Para o governador, que falava em Lisboa, na sede da Caixa Geral de Depósitos, o debate sobre o que vai acontecer aos salários deve ser feito com os vários agentes, no Conselho Económico e Social, com um objetivo a médio prazo.
O BdP prevê uma inflação de 5,9% em 2022, que desce para 2,7% no próximo ano.
O salário dele, tendo aumento em %, influenciará muito mais do que a maioria de nós individualmente.
Se ele assim quer, que dê o exemplo, até devia baixar se fosse coerente, um trabalho que de produtivo não tem nada. Apenas representativo.