Quase metade dos republicanos considera que os EUA têm que conviver com tiroteios em massa

Tannen Maury / EPA

Quase metade dos eleitores republicanos considera que os Estados Unidos (EUA) têm que conviver com tiroteios em massa, segundo uma pesquisa divulgada esta segunda-feira, enquanto os políticos em Washington discutem a reforma das armas.

Na pesquisa, elaborada pela CBS e pela YouGov, quando questionados se os tiroteios em massa eram “algo que tinham que aceitar como parte de uma sociedade livre” ou “algo que se podia prevenir e parar”, 44% dos republicanos disseram que tiroteios em massa deveriam ser aceites como parte de uma sociedade livre.

À mesma pergunta, 85% dos democratas disseram que os tiroteios em massa poderiam ser interrompidos se os políticos norte-americanos tentassem fazer alterações. Entre os independentes, 73% também escolheram a mesma opção, revelou a pesquisa, cujos resultados foram divulgados pelo Guardian.

Cerca de 62% dos entrevistados apoiam a restrição ao acesso a armas semiautomáticas, o tipo de arma usada no tiroteio que decorreu em maio numa escola primária no Texas, no qual morreram 21 pessoas (19 crianças).

Na pesquisa, constatou-se ainda que 72% dos entrevistados apoiam as leis de “bandeira vermelha”, projetadas para impedir a compra de armas por pessoas consideradas um perigo potencial para outros ou para si mesmas. O apoio à verificação de antecedentes federais em todas as compras de armas foi de 81%.

Os resultados revelaram também que 77% defenderam que a idade mínima para comprar uma arma devia ser 18 anos, enquanto 32% disseram que deveria ser 21 e 45% optaram por 25.

À pergunta “qual é a probabilidade de o Congresso aprovar alguma lei, nos próximos meses, com mudanças significativas na política de armas?”, apenas 7% indicaram que era “muito provável”, enquanto 69% responderam “pouco” ou “nada” provável.

Segundo a organização sem fins lucrativos Gun Violence Archive, já houve 246 tiroteios em massa nos EUA em 2022.