Nuno Melo, presidente do CDS-PP, marcou presença no Congresso do PPE, em Roterdão, e lá sublinhou que, apesar de ter uma boa relação com Luís Montenegro, a nova liderança do PSD não altera os planos: o CDS-PP vai sozinho a votos nas eleições europeias.
O resultado das diretas do PSD, que se realizaram no passado sábado, em nada altera os planos futuros dos centristas.
“O CDS vai sozinho a votos nas Europeias e isso não muda com a mudança de líder”, vaticinou Nuno Melo, presidente centrista, em declarações ao Observador.
Ao contrário do CDS, “o PSD não é fundador” do Partido Popular Europeu. “Nós somos”, sublinhou, numa clara diferenciação entre aquele que foi o parceiro de coligação em muitas outras batalhas.
“Tinha boas relações com Jorge Moreira da Silva como tenho com Luís Montenegro”, disse Melo, para logo de seguida frisar que o bom relacionamento não muda a estratégia que definiu quando foi eleito. “O último resultado em legislativas obriga a que o CDS mostre nas urnas que tem peso político próprio”, justificou.
A vontade do centrista é uma “candidatura isolada”, aquilo que “do ponto de vista estratégico deve acontecer”. Aliás, segundo Nuno Melo, o CDS tem de fazer “essa prova de vida nas primeiras eleições de círculo nacional”.
Ainda assim, Melo deixa uma pequena brecha para mudar de ideias, se assim o partido o entender. “Faltam dois anos. Dois anos em política são uma enormidade e talvez até tenhamos um Congresso antes das próximas eleições europeias e, por isso, tudo o que digo é com a cautela de quem está a perspetivar a realidade de um partido a dois anos.”
Sobre a liderança de Luís Montenegro, não faz considerações porque se as fizesse estaria a cometer a “deselegância de comentar escolhas que cabem aos militantes do outro partido”. Ainda assim, deseja sucesso ao novo líder do PSD, que não encara como concorrente na disputa de eleitorado.
Este, o Ventura e o Montenegro davam uma bela “troika”!…