Novas técnicas criam modelo mais detalhado das misteriosas zonas de velocidade ultra-baixa da Terra

As técnicas permitem traçar modelos mais concretos que os cientistas esperem que revelem mais detalhes sobre a influência nas zonas de velocidade ultra-baixa na atividade sísmica e vulcânica.

Pela primeira vez, cientistas conseguiram observar uma zona de velocidade ultra-baixa com mais detalhes. Um novo estudo publicado na Nature Communications revela mais informações sobre estas enigmáticas zonas que se encontram a cerca de 3000 quilómetros debaixo da superfície.

Até agora, as imagens destas zonas têm tido pouca qualidade e sido difíceis de analisar, mas a mais recente, tirada na região do Havai, tem mais detalhes e mostra a sua estrutura interna, escreve o Science Alert.

As técnicas de modelação computacional mais recentes foram usadas para se produzir a imagem e foram aplicadas a um sinal de alta frequência que foi registado quando as ondas sísmicas abalaram a zona de velocidade ultra-baixa.

Este método dá aos especialistas uma escala de quilómetros para observarem estas zonas e uma melhoria na resolução na ordem de magnitudes no estudo da fronteira entre o núcleo de níquel e o manto à sua volta.

O fluxo de rocha quente no manto é o que causa sismos, erupções de vulcões e outras atividades relacionadas, e os cientistas estão interessados em perceber mais sobre como as zonas de velocidade ultra-baixa podem influenciar ou causar essa atividade.

Pensa-se que o ferro extra nestas zonas pode criar a densidade adicional que aparece nos padrões de ondas sísmicas — e a confirmação ou não desta hipótese pode dizer-nos mais sobre como a Terra se formou e sobre como o seu núcleo opera hoje.

Há também uma correlação entre as zonas de velocidade ultra-baixa e os pontos onde existem mais vulcões, como no Havai ou na Islândia. Uma hipótese é que estes locais possam ter sido causados pelo envio do material do núcleo até à superfície.

O estudo das zonas de velocidade ultra-baixa é limitado aos locais onde os sismos ocorrem e onde os sismógrafos se encontram, mas estas novas técnicas para a recolha de imagens podem ser aplicadas noutras zonas da Terra.

ZAP //

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