Madeleine McCann: Caça ao Suspeito Principal é um documentário, dividido em três episódios, que começa a ser transmitido esta terça-feira no canal AMC Crime, no mesmo dia em que se assinalam 15 anos desde o desaparecimento da criança, na Praia da Luz.
Estreia esta terça-feira, às 23h25, no AMC Crime, o documentário resultante de uma investigação em que colaboraram advogados, jornalistas e outras pessoas ligadas ao caso de Maddeleine McCann.
Com a promessa de “revelar provas desarmantes” sobre o desaparecimento da criança, Madeleine McCann: Caça ao Suspeito Principal concentra-se nos antecedentes do principal suspeito, Christian Brücker, recentemente constituído arguido.
Mark Williams-Thomas, antigo polícia britânico que coordenou o novo documentário, acredita que Brücker não passa de um “bode expiatório“.
De acordo com o Expresso, o arguido foi inicialmente apontado como suspeito do rapto por Helge Busching, que garantiu às autoridades alemãs que Brückner lhe tinha confessado o crime numa conversa num bar. Contudo, para Williams-Thomas, Busching terá recebido dinheiro pela acusação.
Brückner trocou várias cartas com Williams-Thomas sendo que, numa delas, contou que na semana em que Maddie desapareceu tinha uma namorada com quem passava todas as noites.
O investigador chegou a falar com a rapariga – “uma mulher que não tem motivos para mentir” – que confirmou o relacionamento, apesar de não conseguir dizer o que se passou especificamente a 3 de maio de 2007.
Foi em junho de 2020 que as autoridades germânicas apresentaram a principal prova contra o suspeito: um telefonema, de cerca de 30 minutos, feito para o telemóvel do alemão, quando este estava junto ao apartamento da criança.
Na investigação para o documentário, o antigo polícia acaba por concluir que o número de telemóvel em causa não seria de Brückner, mas de um amigo.
Além disso, conta ainda o semanário, com a tecnologia existente em 2007 e com base apenas na informação de uma antena de retransmissão do sinal não seria possível localizar com precisão o telemóvel. Apenas se poderia identificar uma área de cerca de 30 quilómetros quadrados onde estaria o aparelho.
Num artigo assinado no Daily Mail, Mark Williams-Thomas refere que tem “o maior desejo que o autor do crime seja apanhado, mas isso não pode ser conseguido com a escolha de um bode-expiatório ao qual se colam as alegações“.
“Pior seria condenar o homem errado, deixando em liberdade o verdadeiro assassino”, afirma, garantindo que “nenhuma das provas têm sustentabilidade“.
Em reação ao novo documentário, as autoridades alemãs desvalorizaram a defesa do suspeito, garantindo que este nunca falou no relacionamento amoroso.
Maddie McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007, quando tinha apenas três anos, na zona da Praia da Luz, no Algarve.
Caso Maddie
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