“Governo muito centrado em Lisboa.” Escolhas de Costa causam mal-estar no PS

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Estela Silva / Lusa

O secretário geral do Partido Socialista (PS), António Costa

Em alguns distritos, as estruturas socialistas mostraram algum desconforto por as suas localidades deixarem de ter representantes no novo Governo de António Costa.

Depois de terem sido extintos dois ministérios e fundidas 12 secretarias de Estado, o Governo encolheu e ficaram à disposição menos lugares no Executivo. Agora, no seio do PS, surgem queixas de centralização do poder.

“O Governo está muito centrado em Lisboa“, disse um dirigente socialista do Norte ao Observador. “Quando o secretário-geral disse que ter maioria absoluta não significa ter poder absoluto… devíamos ter sido mais envolvidos.”

“Não faz sentido o que está a acontecer. Isto seria um bom Governo da Área Metropolitana de Lisboa“, corrobora um deputado do Norte. “Ter maioria absoluta não é poder absoluto.”

Sete dos 17 ministros nasceram em Lisboa e a grande maioria dos que nasceram noutra localidade fez carreira e vida essencialmente na região da capital.

A queixa que mais se ouve no PS é que, na diminuição de gabinetes, não foi tida em conta a representação territorial. Os Açores perderam um ministro (Ricardo Serrão Santos viu extinto o Ministério do Mar) e ninguém do arquipélago entrou na equipa de Costa.

Por outro lado, os açorianos viram Paulo Cafôfo, líder do PS-Madeira e antigo presidente da Câmara do Funchal, entrar para a secretaria de Estado das Comunidades, depois de ter perdido eleições na região autónoma.

Viseu tinha dois nomes no Governo – Rosa Monteiro (secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade) e João Paulo Rebelo (secretário de Estado da Juventude e do Desporto) –, mas ficou “sem nada”. Da mesma forma, os dois eleitos de Bragança (os secretários de Estado João Alberto Sobrinho Teixeira e Berta Nunes) não foram reconduzidos.

De acordo com o diário, ficou apenas Isabel Ferreira, que passa da secretaria de Estado da Valorização do Interior para a do Desenvolvimento Regional.

José Luís Carneiro, cabeça de lista por Braga, foi promovido a ministro da Administração Interna, mas foi o único. “Há aqui um milhão e não há uma alminha que possa ir para o Governo?”, questiona um socialista da região. “É o único ministro que vem do norte do rio Mondego“, salienta outra fonte.

ZAP //

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5 Comments

  1. Um governo desavergonhado onde se nomeia para as Finanças – um dos ministérios mais importantes para a gestão de Portugal – alguém, sem vergonha, que deixou a Câmara de Lisboa na bancarrota… só pode estar a gozar com os Portugueses – quem nele votou e quem não votou…
    É muito falta de VERGONHA e de RESPEITO pelos Portugueses.

    • É o habitual estilo de tudo para os amiguinhos e para alguns derrotados como o Cafôfo e o Medina. Irmãos também há dois. E candidatos para irem fazer pugilismo para ver quem sucede a Costa, há pelo menos seis. Haverá aqui qualidade no meio de todo este guisado?

  2. Elsa, vá destilar esse ódio que já todos vimos que nutre pelo partido no poder, para outro lado, tenha vergonha você daquilo que escreve, antes de acusar outros de falta dela, e não esqueça que Lisboa foi perdida por uma pequena margem (PSD-CDS-A-MPT-etc. 7 vereadores, PS 7 vereadores), tanto assim que não conseguem governar sem o apoio da esquerda, enquanto o país, foi ganho por uma larga maioria. Sabe o que significa democracia? Exactamente, soberania exercida pelo povo.
    Já diz a cantiga; O povo é quem mais ordena.

  3. como se pode ter odio a um gajo que não serviu para Lisboa e vai servir para um ministerio importante como o das finanças o Costa só pode estar a gozar e arranjar um tacho ao Medina

  4. A monarquia xuxialista em ação como de costume! No final do campeonato iremos ver em que posição se encontrará Portugal na lista europeia a qual instalaram na penúltima posição!

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