Cientistas descobrem enzima que decompõe o plástico e permite a sua reutilização

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A enzima decompõem os componentes do plástico em moléculas simples, facilitando assim o seu processo de reutilização em novos produtos.

O plástico é uma das maiores pragas dos nossos tempos e uma das maiores ameaças à estabilidade do nosso planeta, especialmente dos oceanos.

Em busca da criação de uma economia circular para evitar o desperdício de plástico e reaproveitar este material, uma equipa de cientistas descobriu uma nova enzima que ajuda a degradar um dos principais componentes do plástico, podendo as moléculas simples que restam ser utilizadas na produção de novos produtos.

Em 2016, os cientistas no Japão descobriram uma bactéria que come plásticos PET ao usar uma enzima que os consegue degradar em poucas semanas, nota o New Atlas.

Os investigadores da Universidade de Portsmouth conseguiram depois criar uma versão mais avançada da enzima — PETase —, à qual juntaram em 2020 outra, chamada MHETase, para formarem uma superenzima que digere os plásticos seis vezes mais rápido. Apesar disto, restam ainda dois componentes químicos do PET, o etilenoglicol e o TPA, sendo que este último é mais prejudicial para o ambiente.

No novo estudo, publicado na The Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas conseguiram provar que a superenzima criada pelos investigadores de Portsmouth — TPADO — decompõe o TPA com uma grande eficiência.

As descobertas anteriores da equipa surgiram depois de estudarem estas enzimas no ‘Diamante’, no Reino Unido — as instalações nacionais do estudo das fontes de luz síncrotron — onde as atingiram com feixes de raios X.

Isto resulta num modelo de alta resolução da enzima que revela os átomos individuais que a compõem, o que mostrou como a TPADO consome o TPA. Esta descoberta pode levar a que os cientistas criem versões ainda mais eficientes da enzima.

“Este trabalho vai um passo à frente e vê a primeira enzima numa cascada que pode desconstruir estes blocos de construção em moléculas mais simples, que podem ser usadas pelas bactérias para gerar químicos e materiais sustentáveis que podem ser utilizados para a criação de produtos valiosos a partir do desperdício de plástico“, remata John McGeehan, autor do estudo.

ZAP //

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