As reformas que podem estar em cima da mesa com a nova liderança do PSD

ppdpsd / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

A nova presidência do PSD poderá desencadear reformas estruturantes no país, mas tudo depende da vontade do PS em negociar.

As últimas eleições legislativas ditaram uma derrota categórica do PSD, que levou Rui Rio a colocar o seu lugar à disposição. As eleições diretas para eleger o futuro presidente do partido estão marcadas para 28 de maio, com o congresso a decorrer entre 1 e 3 de julho.

O PS conta com maioria absoluta, pelo que já não necessita do apoio da esquerda para aprovar leis. Ainda assim, depois do último ato eleitoral, António Costa disse que ia manter as negociações com os restantes partidos em aberto.

Até que ponto, pergunta o Público, deverá a futura liderança do PSD estar disponível para colaborar e negociar com o PS para que sejam aprovadas reformas?

“Continuo a pensar que as reformas estruturais são cruciais para o país e que não são uma questão de moda nem de ciclo”, disse Pedro Reis, ex-presidente do AICEP.

“A grande questão, neste ciclo que se abre, é saber se o PS vai querer articular reformas com o PSD, agora que tem uma maioria absoluta”, realçou ao jornal o militante social-democrata.

O antigo secretário de Estado José Eduardo Martins concorda que o PSD “tem essa obrigação, primeiro para com o país e depois para com a sua história”.

Ao Público, Pedro Reis salienta a necessidade de haver reformas “nas áreas transformacionais, como criar uma Justiça célere, acabar com a burocracia bloqueante, proporcionar uma regulação independente e uma fiscalidade competitiva, uma Saúde e uma Educação com melhor qualidade de serviço”.

A qualidade do emprego, a sustentabilidade ambiental e os investimentos estruturantes são outras áreas que o gestor gostaria de ver o PSD a intervir.

José Eduardo Martins também destaca a Educação, a Saúde e, de modo “escandalosamente óbvio”, a Justiça.

Ora, Miguel Morgado, antigo adjunto de Pedro Passos Coelho enquanto primeiro-ministro, considera que “aderir a reformas do PS é um erro grave na estratégia do PSD”.

Ainda assim, o ex-deputado sugere que “no PS não há flexibilidade política e ideológica para conduzir um programa reformista de governação” e que “António Costa só irá apresentar uma reforma: a regionalização”.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.