Plataforma anunciou um teste: vai cobrar um valor extra para essa partilha ser mais fácil e mais segura. Três países serão “cobaias”.
“Tu já fizeste isso. Eu já fiz isso. Até a mãe do teu melhor amigo já terá feito isso”.
Pegámos no início do artigo no portal Interesting Engineering para lançar a ideia: muitas das pessoas que querem ver algum programa numa plataforma paga já utilizaram as credenciais de outra pessoa, para terem acesso ao conteúdo pago, mas sem pagar.
O foco é a Netflix, que nesta quarta-feira publicou um comunicado, no qual começa por sublinhar que sempre facilitou a partilha de conta para pessoas que vivem juntas.
No entanto, apesar do sucesso dessas partilhas, começou a surgir uma certa “confusão sobre quando e como a Netflix pode ser partilhada”.
E o resultado foi – qual surpresa – partilha de perfis com pessoas que vivem noutras casas. “Isso cria impacto na nossa capacidade de investimento em novos produtos para os nossos clientes”, lamentou.
Por isso, vem aí uma novidade. Ou um teste, pelo menos.
Haverá permissão para partilhar contas com “maior facilidade e maior segurança” – mas haverá um custo extra para isso.
Nas próximas semanas, os clientes da Netflix que vivem no Chile, na Costa Rica e no Peru vão poder adicionar à sua conta, no máximo, duas pessoas que não vivem na sua casa.
Cada um desses novos membros terá o seu perfil próprio, as suas credenciais e as sugestões mais adequadas – tudo diferente do cliente original.
Mas também terá um preço, embora mais baixo do que a mensalidade básica: cerca de 2,70 euros no Chile e na Costa Rica, e praticamente 2 euros no Peru (tendo em conta as taxas de câmbio no dia da publicação deste artigo).
Os actuais clientes também vão ter a possibilidade de transferir o seu perfil para uma nova conta, ou para estas novas “sub-contas” dos membros extra, que foram adicionados à sua conta original.
Ao longo do tempo, a direcção da Netflix vai avaliar o resultado destes dois novos recursos. Depois decidirá se haverá novidades semelhantes nos outros países.
Há pouco mais de um ano, a Netflix já tinha começado a avisar os utilizadores que estavam a aproveitar uma conta de outra pessoa: “Se não vives com o proprietário desta conta, tens de criar a tua conta para continuares a ver” – enquanto enviava um código de confirmação ao titular do perfil.
Só estou é curioso para saber como vão controlar isso. Quando estou no Brasil vejo cá em 2 TVs… quando chego em Portugal em outras duas… porém não vejo em todas aos mesmo tempo, pois ou estou cá ou lá… vai ser interessante