Dois mortos em Kiev após ataque russo contra edifício residencial

Durante a madrugada foram ouvidas várias explosões na capital ucraniana. Até agora, foram registadas duas mortes.

Pelo menos duas pessoas morreram esta terça-feira num ataque russo contra um edifício residencial de 15 andares, no oeste de Kiev, disseram os serviços de emergência ucranianos.

Dois cadáveres foram encontrados no local“, na sequência do ataque, e 27 pessoas foram retiradas ilesas do edifício, onde deflagrou um incêndio, indicaram os serviços, na rede social Facebook.

Um outro ataque atingiu um prédio de nove andares no noroeste da capital ucraniana, disseram os mesmos serviços.

O ataque causou um incêndio, que foi rapidamente extinto pelos bombeiros, e obrigou à hospitalização de um ferido, segundo a TSF.

A explosão destruiu todas as janelas do prédio e janelas de edifícios vizinhos, de acordo com um jornalista da agência de notícias France-Presse no local.

Ao início da manhã, várias pessoas estavam a atirar destroços pelas janelas dos apartamentos devastados do prédio.

Os serviços de emergência ucranianos disseram que um outro ataque causou um incêndio numa casa no distrito de Ossokorky, no sudeste de Kiev, sem causar vítimas.

A agência de notícias ucraniana Ukrinform mencionou pelo menos quatro explosões esta manhã em Kiev.

Os arredores da capital, uma cidade quase completamente cercada pelas forças russas, têm sido há vários dias palco de intensos combates. Mais de metade dos três milhões de habitantes deixaram Kiev desde o início da ofensiva russa.

De acordo com o canal de televisão Ucrânia 24, as sirenes de ataques aéreos foram também ouvidas esta manhã em Odessa, no sul do país, e em Uman, no centro.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil, e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Alice Carqueja, ZAP //

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