O Sporting voltou a distanciar-se do Benfica. No final de tarde deste domingo, os campeões nacionais derrubaram o Estoril por 3-0. Foi o 18.º triunfo “verde-e-branco” em 23 jornadas do campeonato.
No regresso do Sporting às vitórias, Pedro Gonçalves (no sítio certo), Matheus Reis (a culminar uma jogada com elevada nota artística) e Sarabia (golaço) assinaram os tentos da equipa de Rúben Amorim.
Os homens da Linha, que estavam a conseguir segurar o ataque dos anfitriões, foram traídos por falhas que se revelaram fatais, de Dani Figueira na primeira metade e do “reforço de Inverno” Raúl Silva (expulso).
Foi a mais pesada derrota dos “canarinhos” esta temporada na Liga.
Apenas a cinco minutos do intervalo o Sporting conseguiu contornar e derrubar o “muro” amarelo que se ergueu sobre o relvado de Alvalade.
Os “leões” tentavam dar largura às suas ofensivas, explorando os dois corredores laterais, mas na “hora H”, ora os defensores contrários – Vital aos sete, Joãozinho aos 11 e Ferraresi aos 24 minutos –, ora a falta de acerto iam mantendo o nulo.
Porém, e já após os “canarinhos” terem assustado com um centro de Arthur Gomes (21′), foi o inevitável “Pote” a encontrar a chave do golo.
José Sena Goulão / Lusa
Sarabia atirou, Dani Figueira não agarrou uma bola – que ainda tocou em Rosier – e, na recarga, Pedro Gonçalves, no sítio certo, atirou a contar. Foi o 14º tento do camisola 28, o sétimo na Liga.
Em suma, foi uma primeira metade movimentada, rica em termos tácticos, mas sem grandes ocasiões.
Ao cabo dos primeiros 48 minutos, Pedro Gonçalves era o melhor em campo com três remates, um golo, três passes valiosos, cinco acções com bola na área adversária e um rating de 6.4.
“Erros meus, má fortuna, amor ardente…” e um “leão” mordaz: Tal como na etapa inicial, o Sporting foi mortífero a aproveitar as falhas dos da Linha.
O experiente Raúl Silva entrou aos 60 minutos e quatro minutos depois foi expulso, após ter derrubado Porro, num lance em que o juiz Hélder Malheiro recorreu ao VAR.
Com um elemento a mais, os “leões” dilataram a contenda, numa jogada de excelência desenhada por Matheus Reis e Paulinho, que o ala brasileiro finalizou a preceito.
Seis minutos depois, o génio de Sarabia levantou os 35.270 adeptos que se deslocaram ao reduto leonino. Com maior ou menos dificuldade, o Sporting voltou a colocar-se na rota dos triunfos, algo que não ocorreu nos últimos dois desafios. O Estoril, que não perdia e sofria golos há três jogos consecutivos, voltou a cair.
Melhor em Campo
Na primeira parte, Pablo Sarabia apareceu a espaços, mas nas poucas vezes em que teve liberdade de acções, desferiu o remate que Dani Figueira não agarrou e que “Pote” aproveitou.
Na segunda parte, o espanhol esteve mais em foco e a equipa agradeceu, assinando uma exibição ascendente com um golo que merece ser visto e revisto.
Com toda liberdade, carimbou na folha de registos os seguintes dados: seis remates (quatro enquadrados), um golo, oito passes valiosos (máximo na partida), 58 acções com a bola e quatro recuperações de posse. Sarabia foi o MVP do encontro com um excelente GoalPoint Rating de 7.9.
Destaques do Sporting
Pedro Gonçalves 7.3 – Não tinha marcado nos últimos cinco jogos, mas redimiu-se e voltou a festejar. Com a saída de Ugarte, recuou no terreno e juntou-se a Bragança na zona central. Terminou a partida com seis remates, três passes valiosos, sete acções com a bola na área do Estoril e apenas falhou um dos cinco dribles que arriscou.
Matheus Reis 6.9 – Jogue em que posição jogar, é de uma fiabilidade a toda a prova. Hoje foi o ala esquerdo e desde cedo desequilibrou, com seis passes valiosos, cinco cruzamentos, seis passes aproximativos e quatro conduções aproximativas. Finalizou um grande lance e esteve perto do bis minutos depois (78′).
Paulinho 6.4 – É delicioso o passe de calcanhar que ofereceu o 2-0 a Matheus Reis. Na partida número 50 de leão ao peito, ainda carimbou dois remates, seis acções com a bola na área adversária e levou a melhor nos dois duelos aéreos defensivos em que interveio.
Ugarte 6.1 – Estava a ser um dos melhores “leões” em campo – cinco recuperações de bola, seis desarmes, quatro faltas sofridas e três acções defensivas no meio-campo adversário -, mas uma lesão obrigou-o a sair aos 67 minutos.
Daniel Bragança 6.0 – Esteve cerca de 32 minutos em cena e não desaproveitou a oportunidade, com dois passes finalização – a forma como descobriu Reis aos 78 minutos é de aplaudir -, quatro passes valiosos, três passes aproximativos e dois super aproximativos.
Gonçalo Inácio 5.9 – Partida sem grandes sobressaltos. Acertou oito dos dez passes longos arriscados, recuperou a posse em cinco ocasiões e ganhou três dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou.
Neto 5.8 – Sereno a comandar a defesa, o central fez-se notar na eficácia dos passes, com um acerto de 97% – dois falhados em 58 tentados.
Pedro Porro 5.8 – O espanhol foi uma lança apontada à defensiva “canarinha” com quatro remates, dois passes para finalização, nove cruzamentos (máximo no duelo) e cinco passes aproximativos.
Matheus Nunes 5.5 – Com a cotação em alta após os elogios de Guardiola, o médio esteve 58 minutos campo, tempo em que gizou quatro passes valiosos, duas acções com a bola na área do Estoril e dois dribles certos em três feitos.
Slimani 5.3 – O argelino esteve em campo 23 minutos e coleccionou dois remates, ambos desenquadrados, e fez a assistência para o 3-0 de Sarabia.
Destaques do Estoril Praia
Romário Baró 5.6 – Actuou apenas 11 minutos, mas foi a unidade do Estoril com melhor avaliação, fruto de 11 acções com a bola, dois dribles eficazes em três tentativas e três intercepções.
Gamboa 5.5 – Entrou ao intervalo e estava a conseguir ajudar a equipa a aproximar-se da área leonina, mas com a expulsão de Raul Silva acabou por perder espaço de manobra. Responsável por um remate, um passe valioso, seis recuperações de posse, duas intercepções e três alívios.
Bernardo Vital 5.1 – Exibição personalizada do central, que esteve atento e saiu de Alvalade com quatro alívios e dois remates bloqueados.
Raul Silva 3.6 – Estreia para esquecer do experiente defensor, que cometeu uma falta fatal para as pretensões da equipa.
Resumo
// GaolPoint
