O assunto deve preocupar toda a gente, avisa a ministra da Justiça e da Administração Interna: “O país tem condições para se defender”.
Francisca Van Dunem não fica indiferente à sucessão recente de ataques informáticos a empresas conhecidas em Portugal. Só nas últimas semanas foram atacados sites ou serviços de Impresa, Vodafone, Trust in News e Laboratórios Germano de Sousa.
A ministra da Justiça e da Administração Interna não escondeu: “Claro que estou preocupada. Penso que é uma questão que deve preocupar todos”.
No entanto, Portugal está preparado para em caso de um ataque mais global: “Estão criadas todas as condições para que o país se possa defender em caso de ataque. Estes casos estão a ser tratados, quer ao nível dos serviços de inteligência, quer ao nível das polícias. E, portanto, vamos deixá-los trabalhar”.
No entanto, avisou: “Não há nenhum país, nenhuma instituição que esteja completamente imune a estes ataques. Não podemos dizer que o país está completamente imune“.
Em conversa com os jornalistas, depois da inauguração de um estabelecimento prisional em Viseu, Van Dunem disse que Portugal tem noção do “momento que vive, dos riscos do momento que atravessa e obviamente tem criado os mecanismos para os enfrentar”.
E recordou que não foi só a COVID-19 que aumentou o número de crimes a nível informático: “O cibercrime já vinha crescendo ainda antes da pandemia, mas o contexto pandémico gerou condições para o seu aumento”.
A Polícia Judiciária, acrescentou a responsável, tem uma unidade especial de combate ao cibercrime, a UNCT3, “que efectivamente terá não só os meios técnicos mas também tecnológicos, como foi tendo ao longo de tempo, e sobretudo, nos últimos anos, meios humanos para reagir a este tipo de situações”.
Perante uma evolução “muito rápida” neste tipo de crimes, é preciso formar constantemente. E as instituições têm de estar “atentas”, para acompanharem estes fenómenos.