Cientistas acreditam que o impacto não será visível a partir da Terra e que dele não resultarão consequências gravosas.
Um rocket da SpaceX está em rota de colisão com a Lua, depois de ter passado quase sete anos a vaguear pelo Espaço. O projeto foi lançado em 2015, enquadrado numa missão interplanetária para pôr em órbita um satélite meteorológico.
No entanto, depois da combustão dos seus motores e de enviar o Observatório do Clima do Espaço da NOAA para o chamado ponto Lagrange, a segunda etapa da sua missão foi abandonada.
Neste ponto, o rocket já se encontrava demasiado distante para regressar a Terra — não tinha combustível suficiente para a viagem —, “mas também carecia de energia para fugir à gravidade do sistema Terra-Lua”, explicou Eric Berger, meteorologista, citado pelo The Guardian. “Depois começou a seguir uma espécie de órbita caótica desde fevereiro de 2015”, acrescentou.
Os observadores acreditam que o rocket — aproximadamente com quatro toneladas — deverá colidir com a Lua a uma velocidade de 2.58km/segundo numa questão de semanas.
De acordo com Bill Gray, que escreve software para localizar objetos perto da Terra, é provável que a parte superior do Falcon 9 atinja o lado mais afastado da Lua, próximo da sua zona de Equador.
Num post no seu blog, Gray afirmou ainda que o objeto já se tinha aproximado da superfície solar a 5 de janeiro, mas deu o impacto como certo na data de 5 de março. O especialista diz ainda que este é o “primeiro caso não intencional” de lixo espacial a atingir a Lua.
Apesar da tecnologia disponível e das previsões existentes, a exata localização do embate permanece incerta, em grande parte devido ao efeito do Sol que empurra o objeto e à ambiguidade na medição dos períodos de rotação”, o que pode alterar ligeiramente a órbita.
“Estes efeitos imprevisíveis são muito pequenos. Mas serão acumulados entre o presente e 4 de março”, aprofundou Gray — que diz serem precisas mais observações para ser possível determinar a exata hora e localização da colisão.
Já sobre a possibilidade de o impacto ser visível a partir da Terra, o especialista afasta a hipótese. “A parte mais significativa da lua estará a obstruir a visibilidade, e mesmo que estivesse no lado próximo, o impacto ocorre alguns dias após a Lua Nova”.
Mesmo assim, os apaixonados e especialistas nas questões do Espaço estão entusiasmados e acreditam que esta será uma boa oportunidade para a recolha de informação e dados.
Mais lixo para o espaço.Já não basta o lixo que fazem cá na terra. Agora vão fazer mais crateras na lua. Como já não chegassem as que ela já tem.