O último debate entre os líderes dos partidos com representação parlamentar (ou quase todos) voltou a centrar-se na questão da governação no pós 30 de janeiro. PS apela à maioria absoluta, BE e CDU querem uma nova geringonça, Livre aposta na “eco” e a direita afirma-se como a única alternativa.
O debate das três rádios – Antena 1, Renascença e TSF – foi o último antes do Dia E (de eleições). O encontro ficou marcado pela ausência de Rui Rio e André Ventura, que pediram para participar à distância ou para serem substituídos, mas as rádios não aceitaram.
Foram sete a sentarem-se lado a lado para debater, uma vez mais, o futuro de Portugal no pós dia 30 de janeiro, com as questões a centrar-se, sobretudo, na governação.
António Costa começou por explicar que, em 2019, sendo “o melhor para o país”, deu continuação à geringonça e “honrou” a sua palavra. Volvidos um par de anos, o mesmo não se verifica: hoje, não acredita no casamento entre PS, BE e PCP.
Na rádio, voltou a pedir a maioria absoluta – “uma maioria de bom senso, equilibrada, melhorada” – e admitiu que se ganhar as eleições em minoria poderá ter a estratégia do primeiro Governo minoritário de António Guterres, negociando com os partidos proposta a proposta na Assembleia da República.
“Foi um bom modelo? Foi o que foi!”, respondeu. “A melhor forma de governar é ter o maior número de votos e o maior número de mandatos possível.”
Para se defender dos “perigos” associados a uma maioria absoluta, Costa escudou-se, novamente, no Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“É um Presidente em que os portugueses confiam plenamente. Quem acredita que com Marcelo, uma maioria do PS podia pisar a linha?”, questionou o socialista. “Tal como Soares impôs limites (precisamente aos governos de Cavaco) também o atual imporá.”
No mesmo debate, rejeitou repetidamente a ideia da possibilidade de um Bloco Central com o PSD. “Sempre disse que, no dia em que o Governo dependesse do PSD, o Governo acabava.”
Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, disse que a maioria absoluta “não é desejada pelos portugueses” e Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, acrescentou que “as pessoas sabem que as maiorias absolutas são permeáveis aos interesses económicos”.
Numa posição clara de ataque, o líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, acusou o atual primeiro-ministro de não dizer aos portugueses porque pede o seu voto. Depois, pegou no mote Marcelo para dizer que quer que o Presidente “represente todos os portugueses” e que não deixe Costa colocar-se na posição de “nós ou o dilúvio”.
“O que António Costa nos está a dizer é: deem-me maioria absoluta porque o PR não vai deixar pôr o pé em ramo verde e a imprensa livre vai-me fiscalizar. Queria perguntar quais foram as investigações ou pressões da comunicação social que lhe fizeram mudar alguma dessas decisões que referi? Uma comunicação social que durante meses andou a tentar perceber a que velocidade ia o carro do ministro Cabrita, que anda há semanas a tentar perceber o que faz se não for o partido mais votado…”, acusou.
Francisco Rodrigues dos Santos, do CDS, aproveitou a deixa para afirmar que Costa vê em Marcelo uma espécie de “padrinho” que permitirá gerir as tensões da governação. “Quem ouve António Costa a falar parece que vai sentar Marcelo Rebelo de Sousa no seu Conselho de Ministros.”
Geringonça, passa-culpas e apelos para novos entendimentos
Quem passou ao lado do tema foi o Bloco de Esquerda e a CDU. João Oliveira salientou que o importante são as possibilidades de convergência na resposta aos problemas dos portugueses e confrontou o líder do PS com a questão.
“O PS recusa convergência com a CDU para dar resposta aos problemas dos portugueses?”, perguntou, duas vezes, defendendo que o “voto na CDU é um voto de convergência” para resolver os problemas das pessoas e que apresentar o mesmo Orçamento do Estado, que foi chumbado, nada resolverá.
“Não quero acreditar que o PS vai insistir nisso tudo. Não vale a pena partimos de ficções, aquela proposta foi para determinado objetivo”, isto é, ir para eleições.
Catarina Martins bateu-se pelo “acordo escrito“, tal como aconteceu em 2015, a forma “normal” de formar a maioria. O Bloco de Esquerda abriu os braços da negociação ao PS mas respondeu a António Costa, que lembrou à coordenadora o chumbo dos bloquistas.
Não houve acordo no OE2022 porque das nove medidas exigidas pelo Bloco “só uma era de Orçamento” e as outras eram de matéria laboral, atirou o socialista, momentos antes. “A clareza sobre o rumo para o país é fundamental. As matérias laborais sempre estiveram na mesa das negociações em todos os Orçamentos”, sustentou.
Catarina desmentiu o secretário-geral do PS, garantindo que não foi por causa do BE que a geringonça caiu. Em 2019, lembrou também, o partido até estava disponível para fazer um acordo escrito, mas foi o PS que não quis.
“Bomba atómica na ecogeringonça”
O momento do debate que apanhou todos de surpresa foi protagonizado por António Costa e Rui Tavares, quando o primeiro disse que tinha uma enorme “linha vermelha” para com o Livre, que se prendia com o recurso à energia nuclear para a descarbonização.
Tavares disse que não ia “levar a mal” porque “alguém lhe preparou mal as fichas”, uma vez que o seu partido não defende a construção de centrais nucleares em Portugal.
Ao invés, destaca que se “deve seguir atentamente o desenvolvimento de novas tecnologias, incluindo a fusão nuclear”. “A linha vermelha é com o seu próprio Governo”, contra-atacou, lembrando que Portugal, através do ministro Manuel Heitor, faz parte do ITER, o projeto europeu de investigação sobre fusão nuclear.
“A resposta efetiva são as energias renováveis e ponto final”, concluiu António Costa.
O tema só fechou com chave de ouro aquando do à parte de João Oliveira: “Foi uma bomba atómica na ecogeringonça“, brincou.
Sim ou não?
Os últimos minutos do debate das rádios foram dedicados a perguntas para sim ou não. Sobre o dia de reflexão, PAN e Livre defenderem que não deve acabar, CDS e IL consideram que sim.
PS, PCP e BE em sintonia defendem que não há razão para mudar, e João Oliveira foi até mais longe para dizer que serve para uma votação “com maior tranquilidade”.
Na oposição a um referendo à eutanásia estão todos em sintonia, apesar de os motivos apresentados terem sido distintos.
António Costa aproveitou para atacar o ausente Rio, concordando que existe uma sintonia sobre o tema do referendo: “Entre os presentes sim, entre os ausentes não sei”.
Por último, se sobre se o acordo ortográfico deve ser revisto, só Rui Tavares, Catarina Martins e António Costa defendem uma revisão para melhorar. Os restantes querem o fim.
As rádios funcionam a vapor? Os dois ausentes não podem participar à distância por razões técnicas ou porque se silenciaram duas vozes anti-Costa?
E se eles estivessem confinados?
Viva a democracia!
Estranho António Costa passar o tempo a apoiar-se em Marcelo Rebelo de Sousa.
Ele sabe e sente que ninguém acredita no que diz e tem de se escudar com o Presidente.
O que tem o Presidente a ver com as eleições?
António Costa sofre do complexo de culpa.
Se não acreditam em mim, pelo menos acreditem no Presidente.
É preciso ter lata.
Costa sabe porque fechou todas as portas à aprovação do Orçamento. Ele sabe porque rejeitou dialogar com o PSD, porque não aceitou uma única proposta do PCP e não discutiu qualquer medida apresentada pelo BE. A maior lição que os portugueses poderiam dar era votar naqueles que Costa quis culpar, obriga-lo a ter mesmo que negociar com qualquer uma destas 3 forças, agora ainda com mais força!
Comprava um carro a António Costa?
Se comprava, vote nele ou num dos outros partidos da outrora geringonça. Agora, é a eco-geringonça!
Se não comprava, vote num dos outros partidos, entre o centro e a direita.
Para comprar carro usado, o meu nível de confiança seria por esta ordem:
-Jerónimo (terá carro?)
-Tino
-Rui Rio
–
-Tavares do Livre
-candidato do Volt
–
–
-“gaja” do PAN
-Costa
-Coutrim
-Catarina do BE (saberá conduzir?)
–
–
–
-“padreco” do CDS
* obviamente não compraria um carro ao Ventura!..
Convém relembrar que as eleições são para eleger deputados para a AR e não o PM!
Jerónimo?!!!! Aquele que tem o genro a mudar lâmpadas na câmara de Loures a 120 mil mocas ano?!!! É desse que estás a falar!!?!!!!
Não sei, talvez…
Mas eu não falei do genro; falei do Jerónimo e, acho que ele não é presidente da Câmara de Loures!
Pois… e achas que o genro dele está lá, ou estava lá, porque motivo?!
Não sei… pode ter acontecido por ele ser “apenas” amigo do presidente da Camara – como acontece frequentemente com autarcas do PSD, PS e CDS!…
Olha, ainda de volta ao tema… tenho um carro de 1982 com apenas 23 mil kms…sempre de garagem, revisões sempre na marca, livro de revisões completo, tudo a funcionar a 100%, em muito bom estado. Não estás interessado em comprar?
Depende…o carro não tem marca/modelo?
Qual é o valor?
Faço-te por 35.000 euros, apenas por seres colega aqui no ZAP. É um renault 5…branco…ou antes era branco…agora é branco sujo. É turbo…na realidade não é bem… mas eu pus uma placa a dizer que era. Também tem um aileron muito bom. Prende mais o carro ao chão… Ainda tem as jantes… quer dizer…os tampões de origem. Mudou o conta-quilómetros mas os kms são mesmo reais… pelo menos do último mês. É uma boa oportunidade. Tirei-lhe os bancos da traseira, o capot e o tablier para ficar mais leve. Numa altura em que os combustíveis estão caros, pareceu-me uma boa opção… para ser amigo do ambiente e essas coisas todas.
PS: não tem vidro atrás. Está com um plástico cortado à medida. Quase nem se nota a diferença. É transparente. Não chove dentro do carro. Pelo menos nos dias de sol…
Esqueci-me de te dizer que de momento não funciona. Levei-o a um gajo aqui no fundo da rua e ele disse-me que o motor estava gripado. Mas não acredito. Até porque ele tem uma oficina mas acho que o gajo é serralheiro. Deixo lá os meus carros todos. De salientar ainda que sou o primeiro e único dono, pelo menos desde a semana passada.
As matrículas não batem com o livrete mas isso é apenas porque não gostava do “ze” na matrícula original. Agora está “jc” de Jesus Cristo.
Tempo livre mais e tão mal aproveitado…
Compras ou não compras?
Se comprares, o tempo aqui perdido já foi um bom investimento