Cancro provoca mais mortes (mas estes números são bons)

No espaço de uma década, o número de falecimentos associados a cancro aumentou cerca de 20 por cento. Mas há factos positivos à volta disto.

O número de pessoas que morrem por causa de um cancro subiu muito ao longo da segunda década deste século. Eram cerca de 8.29 milhões em 2010 e passaram para 10 milhões em 2019, em todo o planeta. Um aumento que ronda os 20 por cento, num período de 10 anos.

No entanto, sublinha um artigo do portal Science 2.0, há boas notícias à volta destes números. Há avanços significativos que não devem ser esquecidos nem desvalorizados, nesta análise.

Desde logo, convém reforçar uma ideia: o cancro não está a matar mais pessoas; o cancro está a matar mais pessoas…oficialmente.

A medicina evoluiu, os rastreios e os diagnósticos são muito mais agora. Ou seja, nas décadas anteriores também morreriam milhões de pessoas por causa de uma doença oncológica, mas a causa de morte oficial não era cancro.

Esta análise é também uma dose de “tranquilizante” para as pessoas que constantemente estão com receio de alimentos ou bebidas ou remédios (ou vacinas) que poderão provocar cancro.

Em casos mais concretos como cancro de pulmão, a tendência é para esses casos baixarem por causa das restrições governamentais à volta do tabaco. É cada vez mais frequente encontrarmos países (Portugal incluído) nos quais é proibido fumar em diversos locais.

Outra boa notícia é a diminuição das taxas de mortalidade associadas a cancro: quebra de 5,9% no número de pessoas com cancro e diminuição de falecimentos na ordem dos 1,1%. A taxa de mortalidade desceu em 131 países: “É uma grande melhoria na saúde pública”.

Obviamente são importantes os níveis dos sistemas de saúde, dos cuidados relacionados com a saúde. Nos países menos desenvolvidos os diagnósticos são menos, os tratamentos precoces são menos.

Como se esperava, o cancro da mama foi o mais frequente nas mulheres, durante o período analisado.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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