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Estado vai contratar quase 3000 pessoas. 80% das ofertas são temporárias

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António Pedro Santos / Lusa

Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública

Entre os quatro recrutamentos anunciados recentemente pelo Governo, 79,3% dos contratos oferecidos são a termo ou estágios.

Segundo o Expresso, o anúncio de um recrutamento de mais 200 trabalhadores para os quadros da Autoridade Tributária feito pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes não é a única instância de mais contratações a acontecerem na Administração Pública.

Na soma de quatro recrutamentos recentemente anunciados pelo Governo, há mais 2895 vagas no Estado prontas para serem preenchidas, mas apenas 600 – 20,7% – terão um contrato sem termo. Quase 80% são estágios ou ofertas temporárias.

A maioria das contratações (1295) será para postos relacionados com a execução dos projetos que vão ser financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).  Vão ser abertos concursos para a escolha dos candidatos, em várias funções, e os contratos duram “pelo período máximo de execução dos respetivos projetos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”, segundo o despacho.

Foi também no âmbito do PRR que o Instituto da Segurança Social abriu um concurso para contratar mais 215 assistentes técnicos com contratos com uma duração de quatro anos.

Vai avançar também a segunda edição do EstágiAP, financiada pelos fundos europeus do PRR, que pretende empregar jovens licenciados na Administração Pública e dar a conhecer o seu funcionamento. Os estágios têm uma duração de nove meses.

Já os 200 novos trabalhadores da Autoridade Tributária vão ter contratos permanentes, visto que o objectivo é precisamente reforçar “as áreas de informática, da Unidade de Grandes Contribuintes, do combate à fraude, da troca de informações internacionais e de controlo do comércio internacional, na componente aduaneira”, assegura Mendonça Mendes.

Os trabalhadores que sejam contratados para preencher as 400 vagas no procedimento de oferta de colocação (POC 4) também vão ter um contrato sem termo. O processo tem como alvo os técnicos qualificados que integram a bolsa de recrutamento da Administração Pública, criada em 2019.

ZAP //

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4 Comments

  1. Se existisse uma cultura de mérito, de eficiência e de responsabilização na administração pública, não seria necessário abrir concursos externos.

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