A fabricante de automóveis francesa Citroën retirou um anúncio publicitário, que contava com a participação do cantor egípcio Amr Diab, depois de ter suscitado polémica por “promover o assédio às mulheres”.
O anúncio publicitário foi publicado no início de dezembro e retirado depois de ter suscitado acusações de promover o assédio às mulheres.
No vídeo, o cantor egípcio Amr Diab utiliza uma câmara instalada no espelho retrovisor do automóvel para tirar secretamente uma fotografia a uma mulher que se encontra a passar em frente ao veículo.
A mulher não dá o seu consentimento à fotografia. Diab surge a sorrir para a imagem quando esta aparece no seu telemóvel e convida a mulher a juntar-se a ele, no interior do carro.
O Telegraph escreve que o anúncio foi criticado nas redes sociais egípcias. Segundo o Arab Barometer, 90% das mulheres egípcias com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, foram assediadas em 2019.
“Tirar uma fotografia a uma mulher sem o seu consentimento é assustador“, escreveu no Twitter o ativista dos direitos da mulher Reel Abdellatif. “Está a permitir o assédio sexual.”
A empresa retirou o anúncio publicitário depois de “uma cena ter sido encarada como inadequada”. “Tomamos a decisão de retirar esta versão e apresentamos as nossas sinceras desculpas a todas as comunidades ofendidas por este anúncio”, lê-se, no comunicado divulgado no Instagram.
View this post on Instagram
90% das mulheres indianas foram assediadas no Egito! Está bem, está…
“Segundo o Arab Barometer, 90% das mulheres indianas, com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, foram assediadas em 2019.’
Como se vê, tu já não estás muito bem…
Eu questiono é os 39 anos. Porque não 40, 45, 50…?
O Arab Barometer parece-me claramente discrminatório, insinuando que as mulheres acima dos 39 anos já não serão apelativas, pelo que já não merecem ser alvo de estudo.
Se foi a essa conclusão que chegaste, estás tão “bem” como o que comentou acima…
Cara leitora,
Obrigado pelo reparo.
Sem prejuízo de que o valor possa ser igualmente válido para as mulheres indianas, o texto deveria neste caso indicar “mulheres egípcias”. Está corrigido.