Chapéus, cachecóis e estandartes das quatro casas de Hogwarts, óculos, peluches, almofadas, entre outros, num total de 3.097 objetos, garantiram a um mexicano o recorde do Guinness pela maior coleção dedicada ao Harry Potter.
Menahem Asher Silva Vargas, um advogado de 37 anos, também conhecido como Asher Potter, empenhou-se na recolha destes objetos desde que recebeu, há 14 anos, o primeiro livro da saga criada pela britânica J. K. Rowling.
“A paixão pela história cativou-me e isso inspirou-me para ir guardando, pouco a pouco, o que ia encontrando sobre o mago”, comentou o mexicano, numa entrevista à agência de notícias Efe, durante a qual estava rodeado de parte da sua grande coleção, que começou com imagens e recortes de jornais e revistas.
As obras literárias e os filmes, que refletem “uma história mágica, mas muito humana”, começaram a tornar-se, para ele, num “sentido de vida”, até que chegou uma altura em que se tornou impossível guardar tantas coisas.
Por isso, organizou e registou os objetos num inventário, com 50 categorias diferentes.
No passado dia 29 de setembro, foi reconhecido o seu recorde mundial, um momento que Silva Vargas diz ter sentido como “aquilo que é realmente a magia“.
Graças à internet e a trocas e compras internacionais conseguiu objetos que parecem sair diretamente das páginas de Rowling, como a pluma de Rita Skeeter ou a vassousa Nimbus 2001.
“Sempre há algo mais para conseguir, não creio que alguma vez se acabe“, admite. Por exemplo, o mexicano aponta que uma das grandes ausências da sua coleção é a gravata da casa Ravenclaw e que tem dificuldades em importar a espada de Gryffindor, já que na alfândega pode ser considerada como uma arma.
“Os objetos têm valor simplesmente por serem partilhados, não faz sentido alguém ter objetos e objetos guardados”, defende o colecionador, que dá as boas-vindas a todos os fãs que queiram “aproximar-se da magia”.
Vargas pretende, juntamente com outros colecionadores mexicanos, criar um museu dedicado a Harry Potter para expor os objetos e realizar aulas e debates.
O projeto levou-o a interromper a sua carreira profissional como advogado, uma decisão que justifica dizendo ter chegado a um ponto da sua vida em que sente ser “mais valioso trabalhar em algo que mantém vivo o espírito e que reforça os valores dos jovens, as alianças, o valor e a amizade”.
/Lusa