As ginastas abusadas sexualmente por Larry Nassar, antigo médico da equipa de ginástica norte-americana, vão ser indemnizadas em mais de 380 milhões de dólares, cerca de 340 milhões de euros.
Centenas de ginastas que foram abusadas sexualmente por Larry Nassar, o antigo médico da equipa nacional de ginástica, aceitaram um acordo de 380 milhões de dólares, cerca de 340 milhões de euros, com a Federação Americana de Ginástica (USA Gymnastics) e o Comité Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos.
Segundo o The New York Times, o valor foi acordado esta segunda-feira e é um dos maiores de sempre em casos de abuso sexual.
“Nenhuma quantia reparará os danos que foram feitos e o que estas mulheres passaram, mas em alguma altura as negociações teriam de terminar, porque estas mulheres precisam de ajuda – e precisam dela já”, disse Rachael Denhollander, vítima de Nassar e membro de uma comissão de vítimas envolvida nas negociações do acordo.
Entre as vítimas estão as medalhadas Simone Biles, McKayla Maroney e Aly Raisman.
O diário norte-americano dá conta de que as seguradoras da Federação de Ginástica e do Comité Olímpico deveriam pagar a maior parte do acordo, mas o Comité Olímpico avançou com 40 milhões do seu próprio dinheiro.
A contribuição é encarada como uma reviravolta da organização, que defendia que não devia ser responsabilizada pelos crimes de Larry Nassar ou ser nomeada em processos de abuso relacionados com o mesmo, uma vez que o médico não era funcionário do comité olímpico.
A equipa de ginástica norte-americana denunciou Nassar ao FBI em julho de 2015, mas este continuou a consultar pacientes na Michigan State University até ser denunciado por um jornal, em setembro de 2016.
Nassar usou a sua posição como médico para abusar de, pelo menos, 330 jovens, incluindo menores e atletas olímpicas. Atualmente, encontra-se a cumprir uma pena de prisão perpétua depois de se ter declarado culpado de agressão sexual.