Como será o Natal este ano? Governo vai convocar reunião do Infarmed nas próximas semanas

António Pedro Santos / Lusa

O objetivo é que este ano os portugueses tenham um Natal mais “normal”. Porém, o número de novos casos não pára de aumentar dia após dia.

A esperança é que o Natal deste ano faça esquecer o panorama do ano passado, quando a data festiva ficou marcada por inúmeras restrições que acabaram por destruir os encontros familiares.

Contudo, com a subida de casos a que Portugal tem assistido, salvar o natal pode ser uma missão bastante difícil. A quase um mês dos festejos, os especialistas já começam a mostrar alguma preocupação e a sugerir algumas medidas.

Por exemplo, Baltazar Nunes, perito do Instituto Ricardo Jorge foi uma das vozes que pediu cautela com as festas do final do ano porque a “perda de efetividade das vacinas” pode coincidir com o “momento de maior transmissibilidade associado às festividades de Natal e Ano Novo”, cita o Observador.

Neste sentido, o Governo decidiu agendar uma reunião de peritos, políticos, parceiros sociais e conselheiros de Estado no Infarmed até dezembro, escreve o Público. A informação foi confirmada ao jornal pelo Governo, mas a Presidência da República já tinha avançado a notícia ao Observador.

Segundo o Observador, o aumento de casos de covid-19 em Portugal está a ser seguido atentamente por Belém, sendo que o facto da dose adicional da vacina não estar a avançar ao ritmo desejável também está a ser analisada, o que pode obrigar a “uma campanha de sensibilização mais alargada”.

Ainda assim, realça o Público, na primeira quinzena de novembro de 2020, ou seja há um ano, o país encontrava-se numa situação menos confortável no que diz respeito ao número de casos diários. Nos primeiros quinze dias do mês, foram registadas entre 2 mil e as 7500 infeções diárias – o que ainda não aconteceu no presente ano.

Relativamente às mortes, este número também era muito superior, oscilando entre as 45 e as 91 por dia. No total, em 15 dias, morreram cerca de 928 pessoas. Até agora, no mês de novembro de 2021, morreram 100.

No entanto, ao Público, o epidemiologista Manuel Carmo Gomes refere que:”estamos em crescimento exponencial desde Outubro. A incidência vai continuar a crescer e, de momento, não é possível dizer onde será o pico. Prevemos, presentemente, que atingiremos o número médio diário de 2000 casos ainda em novembro”, realça.

Quando o número de casos aumenta muito, há sempre impacto hospitalar e óbitos. Alguns dos mais idosos com comorbilidades adoecem com gravidade. A proporção destes é, evidentemente, muito inferior à da situação pré-vacinação”, especifica.

ZAP //

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