Há empresas que se fazem passar por “verdes” e sustentáveis, uma prática conhecida por greenwashing.
Cada vez mais empresas fazem-se passar por amigas do ambiente. Segundo o Jornal de Notícias, a Direção-Geral do Consumidor (DGC), tutelada pelo Ministério da Economia, tem abertos nove processos de contraordenação relativos a alegações ambientais, que se podem traduzir numa prática de greenwashing (branqueamento ecológico).
O fenómeno é conhecido internacionalmente e é levado a cabo por empresas e por instituições que, através de marketing ou de publicidade, afirmam ser sustentáveis com o intuito de atrair clientes.
Susana Fonseca, da associação Zero, explicou ao matutino que há dois tipos de greenwashing: “um que é feito intencionalmente – a marca tem a perfeita noção de que está a propor algo que não é ambientalmente favorável, mas tenta, ainda assim, passar essa mensagem – e o que resulta de informações erradas e perspetivas diferentes“.
O diário revela ainda que a DECO identificou três casos de branqueamento ecológico à DGC, mas ainda não recebeu qualquer decisão da autoridade.
Os protagonistas são a Ryanair, a Renault e a “The Good Bottle”.
No caso da companhia aérea, um dos anúncios afirmava que a empresa era a “mais ecológica e com as emissões de carbono mais baixas na Europa”. Já a “The Good Bottle” era tida como uma garrafa “100% biodegradável”.
A Renault, que alegou que “os veículos elétricos poluem zero”, foi a única a responder ao pedido de esclarecimento do JN, defendendo que a campanha “não incidia em promover características ecologicamente/ambientalmente responsáveis”.
As coimas variam ente os dois mil e os 90 mil euros.
Isso é simplesmente uma gota na informação enganosa que vemos em todo o nosso redor. Manifestamente publicidade para dizer que fazem algo. Daqui a poucos dias não se ouve falar de mais nada.